Confiança do comércio brasileiro cai em setembro após três meses de crescimento

2021-09-22 10:07:33丨portuguese.xinhuanet.com

Rio de Janeiro, 21 set (Xinhua) -- A confiança dos comerciantes brasileiros sofreu um retrocesso em setembro, após três meses seguidos de crescimento ante o temor que a alta da inflação possa gerar nos consumidores, segundo divulgou nesta terça-feira a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), baixou 0,4 ponto em setembro, em comparação com agosto, embora tenha se mantido na zona de satisfação pela terceira vez seguida este ano (superior aos 100 pontos) ao concluir com 119,3 unidades.

A redução do Icec ocorreu depois de ter acumulado uma expansão de 30,7% entre junho e agosto. Em comparação com setembro de 2020, o índice aumentou 30,2%, apresentando um padrão de confiança superior ao do ano passado.

Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, os dados de setembro reforçam a ideia de que a crise recessiva está, pouco a pouco, ficando para trás e influenciando menos na confiança empresarial, embora a economia brasileira esteja enfrentando vários desafios para conseguir uma retomada econômica forte.

"A queda da confiança empresarial pode estar associada à pressão sobre os custos devido ao aumento dos combustíveis e pelo aumento da tarifa da energia elétrica, devido à seca, além de refletir as expectativas com relação aos efeitos da inflação sobre o consumo", disse Tadros.

Em setembro, todos os componentes do Icec baixaram, algo que não ocorria desde abril. As expectativas dos comerciantes retrocederam 0,9%, as intenções de investimento, 0,7% enquanto a insatisfação baixou 0,3%.

Para a CNC, com o avanço da vacinação no Brasil, a queda do índice em setembro não é pelo temor de uma nova onda da pandemia, mas "por uma relativa acomodação na qual, fatores como a inflação, o desemprego ainda elevado e o aumento da taxa de juros estão contribuindo para a deterioração das expectativas em geral".

A economia brasileira deve se recuperar este ano da forte retração causada pela COVID-19 no ano passado e que provocou uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,1%.

Embora a previsão inicial fosse de uma expansão de cerca de 6% este ano, a instabilidade política, a inflação alta, próxima dos 7% e a taxa de desemprego de 14%, fizeram o mercado financeiro reduzir sua estimativa para 5%.

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