EUA devem reduzir ainda mais as restrições às trocas interpessoais, diz embaixador chinês

Washington, 23 set (Xinhua) -- Os Estados Unidos devem aliviar ainda mais as restrições que impuseram unilateralmente às trocas interpessoais com a China, disse em Washington o embaixador chinês, Qin Gang, na quarta-feira.

"Esperamos que o lado dos EUA faça mais coisas para levantar a cortina de ferro entre nosso povo e permitir que nossos estudantes, acadêmicos, cientistas e artistas conversem e trabalhem juntos sem medo e obstáculos. Por exemplo, nossos cientistas poderiam cooperar em temas como grandes doenças infecciosas e mudanças climáticas. A China também dá boas-vindas aos estudantes norte-americanos a estudarem no país", disse Qin em resposta a perguntas após fazer um discurso em uma conversa virtual realizada conjuntamente pelo Carter Center e pela Fundação George H.W. Bush para as Relações EUA-China.

"As relações bilaterais foram seriamente prejudicadas durante a administração anterior dos EUA. Nossos intercâmbios educacionais, tecnológicos e interpessoais também sofreram. Alguns norte-americanos dizem que os estudantes chineses são espiões e os Institutos Confúcio estão envolvidos em infiltração cultural. Muitos estudantes e acadêmicos chineses foram repatriados, tiveram seus vistos negados, foram interrogados e assediados sem motivo. Os intercâmbios científicos e tecnológicos entre os dois lados quase foram interrompidos", lembrou ele.

O embaixador destacou que "os intercâmbios educacionais, tecnológicos e culturais atendem aos interesses dos dois países. São fundamentais para nosso entendimento e confiança mútuos".

"Desde que assumi o cargo, mais de 10 universidades e instituições de ensino norte-americanas escreveram para mim, expressando sua esperança por um intercâmbio educacional e cooperação contínua entre os EUA e a China. Esperamos que o governo Biden mude isso o mais rápido possível", assinalou Qin.