China está disposta a consertar laços com EUA com base no respeito mútuo, diz embaixador chinês

Washington, 23 set (Xinhua) -- A China é sincera para iniciar um diálogo com os Estados Unidos para diminuir as tensões bilaterais com base no respeito mútuo, disse em Washington o embaixador chinês, Qin Gang, na quarta-feira.

"Continuaremos a trabalhar com o lado dos EUA, contanto que haja oportunidades de cooperação. No entanto, a cooperação entre os dois países deve ser conduzida sob o princípio do respeito mútuo", disse Qin em resposta a perguntas após fazer um discurso em uma conversa virtual realizada em conjunto pelo Carter Center e Fundação George H.W. Bush sobre as Relações EUA-China.

"E os Estados Unidos não devem esperar a cooperação da China nas áreas onde apenas os EUA têm demandas e interesses, negligenciando ou até mesmo prejudicando os interesses da China ao mesmo tempo, especialmente nos assuntos-chave relativos à soberania e integridade territorial da China", disse ele.

"Para ser franco, o que me preocupa é que os Estados Unidos usem a competição para definir as relações China-EUA, enquanto a competição do lado dos EUA muitas vezes assume a forma de confrontação, especialmente nos importantes assuntos relativos aos interesses centrais da China", assinalou o embaixador chinês.

"Se isso não mudar, vai prejudicar os esforços da China para promover nossa confiança e cooperação mútuas. Não há nenhum exemplo na história das relações internacionais em que a relação política entre dois países esteja em competição ou mesmo em confrontação, mas outras esferas permaneçam seguras e sadias", disse ele.

"Uma coisa muito importante entre a China e os Estados Unidos é o respeito mútuo. A China é aberta e inclusiva. Acolhemos e aceitamos prontamente várias sugestões ou críticas, desde que sejam objetivas, honestas, bem intencionadas e construtivas, e faremos melhorias segundo elas", disse o embaixador, acrescentando que "um trabalho muito importante meu é comunicar e ouvir".

"No entanto, não aceitamos calúnias e desinformação infundadas. Não aceitamos sermões condescendentes. E não aceitamos palavras ou atos que prejudicam a soberania, unidade e integridade territorial da China. Os cidadãos devem cumprir a lei. Da mesma forma, os países devem obedecer as normas básicas que regem as relações internacionais. A lei dos EUA proíbe a secessão e o ódio racial, mas por que alguns norte-americanos querem tratar a China dessa forma?" disse Qin.