Biden e Macron conversam por telefone sobre dilema em acordo de submarino

2021-09-24 12:50:43丨portuguese.xinhuanet.com

Washington, 22 set (Xinhua) - O presidente dos EUA, Joe Biden, telefonou para seu homólogo francês Emmanuel Macron na quarta-feira, em uma tentativa de neutralizar um dilema diplomático causado por um polêmico acordo de submarino com a Austrália.

A Casa Branca afirmou em um comunicado conjunto entre os dois países que Biden solicitou a ligação com a Macron para discutir "as implicações do anúncio de 15 de setembro".

Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha anunciaram no dia 15 de setembro que apoiariam a Austrália no desenvolvimento de submarinos com propulsão nuclear, privando a França de um contrato para fornecer submarinos convencionais à Austrália.

Indignada com a mudança abrupta sem consultas, em protesto a França retirou seus embaixadores nos Estados Unidos e na Austrália na sexta-feira.

"Os dois líderes concordaram que a situação teria se beneficiado de consultas abertas entre aliados sobre assuntos de interesse estratégico para a França e nossos parceiros europeus. O presidente Biden expressou seu compromisso contínuo sobre isto", afirmou o comunicado conjunto.

"Os dois líderes decidiram abrir um processo de consultas aprofundadas, destinadas a criar as condições para garantir a confiança e propor medidas concretas para objetivos comuns", acrescentou.

Macron ordenou que o embaixador francês retornasse a Washington na próxima semana e "iniciasse um trabalho intensivo com altos funcionários dos EUA", de acordo com o comunicado conjunto. Biden e Macron concordaram em se reunir na Europa no final de outubro para "alcançar entendimentos compartilhados e manter o ímpeto neste processo".

A mídia dos EUA observou que a declaração conjunta sugeria arrependimento da administração Biden sobre como lidou com a questão.

O telefonema veio uma semana depois que os Estados Unidos, Grã-Bretanha e Austrália revelaram uma nova parceria trilateral de segurança conhecida como "AUKUS", que lista uma frota de submarinos nucleares para a Austrália com tecnologia dos EUA e da Grã-Bretanha como prioridade.

A Austrália então anunciou que descartaria o acordo com a França assinado em 2016 para comprar 12 submarinos elétricos a diesel convencionais.

O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, classificou o movimento trilateral como uma "punhalada nas costas" e uma "crise de confiança" entre aliados que exige explicações. 

Fale conosco. Envie dúvidas, críticas ou sugestões para a nossa equipe através dos contatos abaixo:

Telefone: 0086-10-8805-0795

Email: portuguese@xinhuanet.com

010020071380000000000000011100001310206464