AUKUS eleva riscos de proliferação nuclear no Pacífico, diz órgão de vigilância regional

2021-11-05 10:10:42丨portuguese.xinhuanet.com

Beijing, 5 nov (Xinhua) -- O acordo trilateral de segurança e defesa que permite à Austrália aumentar sua capacidade militar adquirindo submarinos com propulsão nuclear é "altamente problemático" e "aumenta os riscos de proliferação nuclear" na região do Pacífico, alertou o Pacific Network on Globalization, um órgão de vigilância regional que promove o direito dos povos do Pacífico.

"Os pactos de segurança e defesa hoje são sobre o Oceano Pacífico -- que é nosso lar -- mas nunca foi com o povo do Pacífico, muito menos com nossos governos", disse Maureen Penjueli, coordenadora da Pacific Network on Globalization.

Austrália, Grã-Bretanha e Estados Unidos anunciaram em meados de setembro a parceria de segurança, na qual a Grã-Bretanha e os Estados Unidos compartilharão tecnologia de submarino nuclear altamente sensível com a Austrália.

Penjueli criticou a Austrália por quebrar sua promessa como parte do Tratado de Zona Franca Nuclear do Pacífico Sul, também conhecido como Tratado de Rarotonga, o principal acordo de não proliferação e desarmamento nuclear da região, bem como o desrespeito de Camberra pelas preocupações de segurança das pessoas na região.

"Vemos a Austrália desempenhando um papel fundamental, muitas vezes unilateral, tomando decisões em torno da paz e segurança que não estão alinhadas com as prioridades imediatas dos povos do Pacífico em relação à segurança, em particular a segurança humana", disse Penjueli, observando que AUKUS "levanta sérias preocupações sobre as intenções da Austrália em relação aos seus vizinhos insulares".

"Os governos das Ilhas do Pacífico e a sociedade civil têm estado na linha de frente na defesa de um Pacífico livre e independente de armas nucleares", acrescentou o coordenador.

No comunicado, ela também mencionou que AUKUS não é a única causa de ansiedade nuclear na região, já que o Japão planejava despejar águas residuais radioativas da usina nuclear de Fukushima Daiichi no mar.

O plano também "fez soar o alarme" e "enfureceu governos regionais e grupos ativistas", disse Penjueli.

"O Oceano Pacífico não é uma lixeira de materiais nucleares nem uma rodovia para submarinos nucleares", acrescentou ela. Fim

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