(CIIE) ESPECIAL: Por que expositores estrangeiros desejam participar da CIIE?

2021-11-09 15:52:39丨portuguese.xinhuanet.com

Shanghai, 8 nov (Xinhua) -- A diferença de horário entre Beijing e Bogotá é de 13 horas, mas o empresário colombiano Juan Camilo Basto já acertou seu relógio biológico no horário de Beijing para acompanhar as notícias da 4ª Feira Internacional de Importação da China (CIIE, em inglês ), que atualmente está sendo realizado na metrópole de Shanghai.

"Graças ao canal verde de entrada de produtos para a CIIE, já enviamos nestes anos mais de 300 quilos de amostras com valor comercial de US$ 5 mil, e a alfândega processa os documentos com muita rapidez", disse Basto, cofundador da Basal Trading.

Segundo o empresário, à medida que as portas do mercado chinês continuam se abrindo, produtos mais saudáveis e nutritivos, e com alta rentabilidade para o país sul-americano, encontram seu lugar entre os consumidores chineses.

No evento, a Colômbia está presente com produtos como café, chocolates finos, óleos vegetais e bebidas saudáveis, entre outros, produtos pelos quais um grupo de renda média cada vez maior, e com gostos mais refinados, mostra crescente interesse.

Devido à epidemia da COVID-19, o comércio tradicional foi afetado e os intercâmbios foram interrompidos. Por este motivo, esta exposição nacional dedicada especificamente à importação constitui uma oportunidade única para empresários estrangeiros.

"Nestes dois anos tem sido difícil, devido às restrições de viagens e acessos", explicou Basto, acrescentando: "No momento apostamos em feiras e encontros para avançar nos nossos processos de negócio."

Embora a sua empresa já tenha experiência em negociações com o gigante asiático, visto que há 11 anos tem uma sede central de abastecimento e comércio em Guangzhou, capital da Província de Guangdong, o empresário está ciente da importância da feira, e vê nela "uma oportunidade de aprofundar as operações e continuar conectando o mercado chinês com a Colômbia e a América do Sul".

Com o objetivo de promover a participação de empresas brasileiras na CIIE deste ano, a Apex-Brasil firmou convênio no início de maio para garantir a melhor localização dentro do local do evento.

Paralelamente, realizou uma série de ações promocionais online com mais de 20 mil empresas parceiras, tendo finalmente selecionado 16 empresas para participarem no evento.

Segundo Gilberto Fonseca-Guimarães de Moura, cônsul-geral do Brasil em Shanghai, os diversos produtos de seu país podem atender ao mercado chinês. Embora os dois países estejam distantes geograficamente, o Brasil está cada vez mais ligado à China por meio do grupo BRICS.

"A China é um dos maiores parceiros comerciais do Brasil", lembrou o diplomata, acrescentando que "a China tem uma longa história de abertura com ganho compartilhado, o que é importante para todos".

Cerca de 3 mil expositores estão presentes em seis áreas de exposição. O ambiente aberto e inclusivo da CIIE criou conveniência para empresas de todo o mundo se expandirem no mercado chinês.

Na área automotiva, o estande da Abu Dhabi National Petroleum Company (ADNOC) é um dos mais movimentados. O gerente-geral de vendas na China da Shanghai ADNOC Lubricants Trading, Wu Weigang, disse que participar da feira fortalece a confiança da empresa no mercado chinês.

De acordo com Wu, a Iniciativa do Cinturão e Rota permitiu que o ADNOC se "conectasse" com a China, e a CIIE forneceu um palco mais amplo para a empresa aprofundar seu acesso no país asiático.

"A CIIE é uma plataforma aberta e compartilhada para que mais pessoas conheçam nossos produtos", afirmou o executivo, acrescentando que a empresa árabe está ampliando ativamente sua presença no mercado chinês de lubrificantes para atender à crescente demanda dos clientes atacadistas.

Escolher produtos favoráveis, estabelecer relações comerciais, assinar acordos. A exposição está atraindo mais expositores estrangeiros interessados em aproveitar a oportunidade.

Segundo Samuel Maldonado, presidente da Federação Comercial do México para a Ásia Pacífico, tem sido muito ativa em sua interação com os meios de comunicação que cobrem o evento, enquanto no México faz um trabalho cuidadoso de divulgação para que outras marcas se alegrem, conheçam o mercado chinês e decidam entrar nele.

"É uma feira muito importante para nós, pois damos importância a que importadores e consumidores chineses conhecem marcas e produtos, principalmente do México", disse o presidente.

"A CIIE tem sido uma grande plataforma para empresas de todo o mundo, não só para o México, porque eu nunca tinha visto uma feira de importação, e o governo chinês investiu tanto dinheiro, esforço e tempo. Trata-se de uma plataforma extremamente importante para qualquer empresa que queira entrar na China", afirmou o empresário.

Em 2020, o PIB da China ultrapassou 100 trilhões de yuans e a renda per capita disponível de sua população dobrou. Já para este ano, nos três primeiros trimestres, o PIB aumentou anualmente 9,8%. A forte resiliência e vitalidade da economia chinesa encheu os empresários estrangeiros de confiança em seu mercado.

Federico Girardi começou a cooperar com empresas chinesas há mais de 20 anos. Ao longo desse tempo, o empresário argentino já viajou entre os dois países mais de 30 vezes, e a cada vez busca novas oportunidades de negócios.

Em 2018, sua marca de bolsas, Del Sur, entrou no mercado chinês.

"Nossa intenção com a feira é participar não só desta edição, mas de todas as edições futuras, para que os clientes nos conheçam cada vez mais", afirmou com otimismo. "Temos grandes expectativas em relação ao mercado chinês, por ser tão grande, forte e próspero. Só esperamos que continue a crescer e evoluir." Fim

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