Destaque: Sírios optam por queimar bagaço de azeitona para aquecimento em meio à escassez de combustível
Por Hummam Sheikh Ali
Homs, Síria, 16 nov (Xinhua) - Durante os dias frios do décimo inverno na guerra, o bagaço de azeitona se tornou a primeira escolha de combustível para aquecimento de muitos sírios em meio à escassez de óleo diesel.
Na cidade de Sukara, na província central de Homs, pilhas de bagaço de azeitona, localmente conhecido como "Birin", são vistas em muitas fábricas de azeite.
O bagaço de azeitona, que é basicamente o resíduo da azeitona durante o processo de extração do óleo, costuma ser deixado ao sol durante o verão para secar antes de ser prensado em paletes cilíndricos, que atuam como combustível de biomassa no inverno.
Basel Oudeh, um dentista que gerencia uma fábrica de azeite de oliva, falou aos repórteres da Xinhua sobre o birin e sua popularidade entre os sírios como um combustível transparente e ecológico.
O homem de 40 anos disse que antes da crise, o bagaço de azeitona era vendido para fábricas de sabão para a produção de sabonetes.
A escassez de combustível após a guerra levou as pessoas a encontrarem alternativas energéticas, incluindo bagaço de azeitona, lenha, cascas de pistache e muitos outros recursos naturais.
O birin tem sido amplamente utilizado na Síria, não apenas em residências, mas também em fábricas afetadas pela escassez de combustível devido às sanções econômicas dos EUA e do Ocidente à Síria, Oudeh disse à Xinhua.
Ele observou que depois que os sírios experimentaram o birin para aquecimento, eles não abandonarão, principalmente porque é 50 por cento mais barato do que o óleo diesel.
"Mesmo que o óleo diesel fique disponível, será caro para nós, sírios. Temos que recorrer a meios alternativos que possam estar disponíveis e acessíveis, como bagaço ou mesmo recorrer à lenha ou casca de amêndoa", acrescentou Oudeh.
Oudeh disse ainda que a produção de combustível a partir do bagaço também criou oportunidades de emprego para um grande número de homens na aldeia.
Em julho, o governo sírio aumentou o preço do combustível subsidiado em 177,7 por cento. De acordo com o comunicado oficial, o aumento do preço dos combustíveis foi ocasionado pela alta nos preços globais dos combustíveis, além das sanções ocidentais impostas à Síria.
O governo sírio repetidamente culpou as sanções unilaterais dos EUA pela deterioração dos meios de vida dos sírios.
No início deste mês, o Ministro de Comércio Interno e Proteção ao Consumidor da Síria, Amr Salem, culpou as sanções ocidentais pelo sofrimento do povo sírio, enquanto o país está passando por uma crise econômica sem precedentes.
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