"Cúpula da democracia" atende apenas aos próprios interesses dos EUA, diz porta-voz

Beijing, 10 dez (Xinhua) -- Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, criticou a "cúpula da democracia" proposta pelos EUA, dizendo que não nada tem a ver com justiça ou democracia internacionais, mas sim sobre servir aos próprios ganhos egoístas dos EUA e manter sua hegemonia.

O porta-voz fez as declarações em uma coletiva diária de imprensa na quinta-feira, ao comentar sobre as reportagens de que os Estados Unidos estão buscando consenso entre os países participantes da "cúpula" sobre a "Aliança para o Futuro da Internet".

"Este é mais um exemplo de como os EUA estão politizando, instrumentalizando e transformando em arma a democracia."

Wang destacou que a proposta "Aliança" mostra mais uma vez que os Estados Unidos estão dividindo a internet, buscando o monopólio tecnológico e a ciberhegemonia, e suprimindo o desenvolvimento científico e tecnológico de outros países.

"Os Estados Unidos tentam impor seus padrões aos outros e restringir ou retirar o direito de independentemente escolher parceiros cooperativos e desenvolver a internet pelos países, especialmente os países em desenvolvimento, impedindo-os de desfrutar dos dividendos da economia digital e do progresso tecnológico", enfatizou o porta-voz.

Ele apontou que os EUA falam continuamente em construir uma internet "aberta", mas na realidade tudo o que fazem é criar confrontação e dividir a rede global.

A busca pela chamada "Aliança" é uma tentativa de plantar o preconceito ideológico e a mentalidade de soma zero nas cadeias de suprimentos, industriais e de informação, disse Wang, acrescentando que isso distorcerá gravemente o mercado.

"Os Estados Unidos estão fazendo isso na esperança de obter uma vantagem na competição de maneira desleal e injusta. Isso vai contra o espírito de paz, segurança, abertura e cooperação da internet", de acordo com o porta-voz.

Ele ressaltou que o futuro da internet não deve e não pode ser manipulado por alguns países.

"A China se opõe à politização da cooperação científica e tecnológica com base na ideologia e por meio de arranjos exclusivos, pois isso impede os esforços de abordar o desafio compartilhado e buscar o desenvolvimento comum. Tais ações apenas minarão a inovação científica e tecnológica", observou.

"A manipulação política dos Estados Unidos em nome da democracia só encontrará ampla oposição na comunidade internacional", acrescentou. Fim