Eleição presidencial da Itália começa no parlamento sem candidatura clara à vista

Membros do parlamento da Itália participam do primeiro turno de votação para eleger o novo presidente do país em Roma, Itália, no dia 24 de janeiro de 2022. O parlamento da Itália se reuniu em sessão conjunta de ambas as casas na segunda-feira para o primeiro turno de votação para eleger o novo presidente para substituir Sergio Mattarella, cujo mandato terminará no dia 3 de fevereiro. (Foto por Alberto Lingria/Xinhua)
Por Alessandra Cardone
Roma, 24 jan (Xinhua) -- O parlamento da Itália se reuniu em sessão conjunta de ambas as casas na segunda-feira para o primeiro turno de votação para eleger o novo presidente do país que vai substituir Sergio Mattarella, cujo mandato terminará em 3 de fevereiro.
Um total de 1.008 "grandes eleitores" devem escolher o próximo chefe de Estado, incluindo todos os membros do parlamento mais 58 representantes escolhidos pelos conselhos regionais.
A constituição italiana exige uma maioria de dois terços nas três primeiras rodadas de votação, seguida por uma maioria simples, ou pelo menos 505 votos, a partir da quarta. Uma votação por dia será realizada a partir de segunda-feira.
Nenhum nome claro está à vista até o momento. Enquanto o ex-primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, retirou sua candidatura no sábado, o atual primeiro-ministro Mario Draghi foi repetidamente apontado como um possível candidato.
Draghi se recusou repetidamente a dizer claramente se estaria disponível para assumir o cargo.
PAPEL DE PRESIDENTE
O próximo será o 13º presidente da república italiana. É uma figura que tradicionalmente desempenha um papel cerimonial e de equilíbrio no país, embora o presidente preside ao conselho Superior da Magistratura e ao conselho Supremo da Defesa.
No entanto, o chefe de Estado entra diretamente no playground político em caso de ampla instabilidade, encarregado de ajudar a resolver grandes impasses entre o governo e o parlamento.
O presidente seleciona um novo candidato a primeiro-ministro, quando o gabinete perde a confiança das câmaras e renuncia; e, caso não houvesse acordo entre os parlamentares sobre um novo executivo, o presidente dissolveria o parlamento e convocaria novas eleições gerais.
Por essas razões, o presidente geralmente é escolhido entre figuras que todas as forças políticas percebem como apartidárias, mas ao mesmo tempo alguém com ampla experiência política e profundo conhecimento da constituição.
ALTAS EXPECTATIVAS
A eleição foi precedida por conversas intensas entre os dois principais blocos políticos do país no parlamento, a centro-esquerda liderada pelo Movimento Cinco Estrelas e o Partido Democrata e a centro-direita liderada pela Liga e pelo partido Forza Italia de Berlusconi.
O processo está sendo acompanhado com atenção pela mídia e pela população italiana, como de costume, e pode haver razões adicionais para isso desta vez.
Mattarella realmente desempenhou um papel visível em nível social nos últimos dois anos, distribuindo mensagens tranquilizadoras que ajudaram o país a atravessar a difícil fase da pandemia.
Em segundo lugar, as próximas eleições para renovar o parlamento e, portanto, formar o novo governo estão agendadas para a primavera de 2023. Caso Draghi se mude para o palácio presidencial do Quirinale, as eleições antecipadas podem ser convocadas um ano antes do fim natural da legislatura.

(Foto por Alberto Lingria/Xinhua)

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