Armas nucleares podem ser implantadas na Bielorrússia em caso de ameaças do Ocidente, segundo Lukashenko

O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko (3º à direita), visita o campo de treinamento Osipovichi, onde estão ocorrendo os exercícios militares "Allied Resolve 2022", na Bielorrússia, no dia 17 de fevereiro de 2022. (Site oficial do presidente da república da Bielorrússia/Divulgação via Xinhua)

Minsk, 17 fev (Xinhua) -- Se o Ocidente tomar ações que ameacem a Bielorrússia, armas nucleares podem ser implantadas no país para proteger o país, disse o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, à mídia na quinta-feira no campo de treinamento Osipovichi, onde os exercícios militares "Allied Resolve 2022" estão ocorrendo.

Lukashenko observou que, se não houver ameaças à Bielorrússia, nenhuma arma nuclear aparecerá no país.

Ele disse que quer que um centro de treinamento de sistemas de mísseis Iskander seja criado na Bielorrússia. Segundo o presidente, três centros de treinamento militar foram criados em cooperação com a Rússia. O lado bielorrusso também está interessado em treinar marinheiros em Kaliningrado ou Murmansk e em implantar sistemas de mísseis russos S-400.

Durante a viagem ao campo de treinamento de Osipovichi, Lukashenko observou o curso dos treinos, que continuarão na sexta e no sábado.

Lukashenko está programado para visitar a Rússia e se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, na sexta-feira. Ele disse que discutirá os próximos passos para a integração russo-bielorrussa e a questão do reconhecimento da autoproclamada "República Popular de Donetsk" e "República Popular de Luhansk" no leste da Ucrânia.

Rússia e Bielorrússia iniciaram exercícios militares conjuntos "Allied Resolve 2022" no território da Bielorrússia em 10 de fevereiro, que continuarão até 20 de fevereiro. Unidades militares da Sibéria e do Extremo Oriente russo, bem como tropas das Forças Armadas da Bielorrússia, estão participando dos treinos.