Destaque: Milhares cruzam fronteira polonesa fugindo do conflito Rússia-Ucrânia

2022-03-01 14:33:56丨portuguese.xinhuanet.com

Foto de celular mostra pessoas escolhendo roupas doadas em Medyka, Polônia, no dia 26 de fevereiro de 2022. (Xinhua/Chen Chen)

Medyka, Polônia, 27 fev (Xinhua) -- É uma noite muito fria em Medyka, uma cidade do sudeste da Polônia na fronteira com a Ucrânia. Lá, refugiados ucranianos traumatizados tremem enquanto fazem fila para cruzar a fronteira com a Polônia.

Fugindo das suas casas para escapar do conflito Rússia-Ucrânia, eles esperam encontrar abrigo e segurança em outro lugar.

No primeiro dia da operação militar da Rússia, o guarda de fronteira da Polônia disse que 29.000 pessoas chegaram à Polônia. Este número já aumentou para mais de 100.000.

Alguns têm sorte. Dezenas de carros e pequenos ônibus esperam no estacionamento na fronteira, para pegar amigos e parentes ucranianos. Outros, no entanto, são menos afortunados: andam de um lado para o outro parecendo confusos, pedindo informações repetidamente.

Mesmo quem tem carro não sabe até onde vai chegar. Mais da metade dos postos de gasolina ao longo da estrada de Medyka a Przemysl, a 10 km de distância, venderam sua última gota de gasolina do dia.

Muitos dos refugiados não querem lidar com as câmeras e microfones dos jornalistas imediatamente após pisarem em território polonês. No entanto, Julia, que acabou de se reunir com o marido, estava disposta a conversar com a Xinhua.

Segurando seu filho de um ano com um braço, a jovem de 26 anos pega refeição básica com voluntários. Enquanto isso, seu filho mais velho mergulha olha uma caixa cheia de brinquedos de pelúcia, doados pela população local.

A família de Julia vive em uma pequena cidade no oeste da Ucrânia, enquanto seu marido trabalha em uma fábrica de automóveis Skoda em Praga, República Tcheca. Depois que o conflito Rússia-Ucrânia estourou, ela decidiu ir para a casa do marido.

Seu pai e seu irmão a levaram para a área de fronteira. Eles ouviram explosões ao longo do caminho. Ela caminhou os últimos 20 km com seus dois filhos até a Polônia e finalmente se reencontrou com o marido que veio buscá-la.

"A jornada foi difícil e perigosa, mas agora estamos finalmente seguros", disse Julia, que não quer dar seu nome completo.

"O que vai acontecer no futuro? Eu não sei".

Assim como Julia, Yryna também cruzou a fronteira no sábado. Ela acordou às 4 da manhã, planejando ir para a casa de seu primo com seus três filhos.

Yryna deixou quase tudo em sua casa em Truskavet, uma cidade em Lviv Oblast, na Ucrânia, perto da fronteira. Todos a avisaram para ir embora assim que possível.

"Não é sobre a minha vida, mas eu tenho três filhos", disse ela, antes de chorar.

Sua filha mais velha, Anna, parece menos preocupada, mostrando à Xinhua seu gato e coelho, que estão viajando com ela. No entanto, Anna disse que quer ir para casa, pois seus amigos estão lá.

Terebetskyy Volodumur, um empresário ucraniano de 50 anos, deve cruzar a fronteira para sua casa em Kiev, enquanto a maioria viaja na direção oposta.

Ele explica que dirigiu para a Itália em uma viagem de negócios na terça-feira e ouviu que muitos ucranianos estavam fugindo de suas casas.

"Estava tudo bem quando saí, mas de repente houve uma guerra. Tenho três filhos em casa e quero voltar e ficar com as crianças", disse ele.

Foto de celular mostra funcionários distribuindo refeições para pessoas da Ucrânia em Medyka, Polônia, no dia 26 de fevereiro de 2022. (Xinhua/Chen Chen)

Foto de celular mostra um policial mantendo a ordem em Medyka, Polônia, no dia 26 de fevereiro de 2022. (Xinhua/Chen Chen)

Foto de celular mostra pessoas na fila para ter acesso à água quente em Medyka, Polônia, no dia 26 de fevereiro de 2022. (Xinhua/Chen Chen)

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