Ampliação 3: Chanceler chinês pede que se levem as relações China-EUA de volta ao caminho certo

2022-03-08 10:45:47丨portuguese.xinhuanet.com

Beijing, 7 mar (Xinhua) -- O conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, pediu nesta segunda-feira aos Estados Unidos que retornem sua política em relação à China ao caminho certo guiado pela razão e pelo pragmatismo e tragam as relações bilaterais de volta ao caminho certo de desenvolvimento saudável e estável.

A China e os Estados Unidos devem substituir a tricotomia "competitivo-colaborativo-adversário" pelos três princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação ganha-ganha, explicou Wang em uma coletiva de imprensa à margem da quinta sessão da 13ª Assembleia Popular Nacional.

A competição entre os principais países não deve ser a ordem do dia e o jogo de soma zero não é a escolha certa, apontou Wang.

Em um mundo globalizado e interdependente, a maneira como os dois países encontram o caminho certo para frente e conseguem se dar bem é uma nova questão para a humanidade e uma formulação que deve ser elaborada por ambos juntos, acrescentou.

Observando que este ano marca o 50º aniversário do "Comunicado de Shanghai", Wang salientou que a China e os Estados Unidos precisam voltar a abraçar a convicção que ajudou os dois países a quebrarem o gelo há cinco décadas, e partir em uma nova jornada.

No entanto, os Estados Unidos ainda estão fazendo todo o possível para se envolverem em intensa competição de soma zero com a China, acusou Wang, acrescentando que o país norte-americano continua provocando a China nas questões relativas aos principais interesses da China e está tomando uma série de ações para reunir pequenos blocos para suprimir a nação asiática.

Essas ações não só prejudicam as relações bilaterais gerais, mas também minam a paz e a estabilidade internacionais, disse ele. "Não é assim que uma potência responsável deve agir, nem como um país confiável faz as coisas."

Como um país soberano independente, a China tem todo o direito de fazer o que é necessário para defender firmemente seus interesses legítimos, exaltou Wang.

Ele observou que estabelecer "padrões democráticos" de acordo com o modelo dos EUA é antidemocrático.

A chamada "Cúpula pela Democracia" realizada pelos Estados Unidos no ano passado excluiu quase metade dos países do mundo. Isso, por si só, é um ataque ao espírito da democracia, e realizar tal cúpula novamente seria impopular, explicou Wang.

A civilização humana, se comparada a um jardim, deve ser um lugar diversificado onde democracias em diferentes países florescem como centenas de flores, observou ele.

Wang ressaltou que se intrometer nos assuntos internos de outros países em nome da democracia só prejudicaria as pessoas nesses países.

"Colocar o próprio sistema em um pedestal não é apenas contra o espírito da democracia, mas também significa um desastre para a democracia", afirmou ele.

Sobre a estratégia Indo-Pacífica dos EUA, Wang disse que seu objetivo real é estabelecer uma versão Indo-Pacífica da OTAN.

A estratégia Indo-Pacífica dos EUA está se tornando um slogan para "política de bloco". Ela busca manter o sistema de hegemonia liderado pelos estadunidenses, minar a arquitetura de cooperação regional centrada na ASEAN e comprometer os interesses gerais e de longo prazo dos países da região, acusou Wang.

As ações perversas vão contra a aspiração comum da região pela paz, desenvolvimento, cooperação e resultados ganha-ganha, e estão fadadas ao fracasso, avaliou Wang.

Observando que a Ásia-Pacífico é uma terra promissora para cooperação e desenvolvimento, não um tabuleiro de xadrez para a disputa geopolítica, Wang salientou que a China saúda todas as iniciativas que atendam às realidades regionais e às necessidades das partes relevantes, e se opõe resolutamente a todos os atos que levem à confrontação e campos rivais na região.

A China está disposta a trabalhar com todas as partes para promover uma plataforma ampla e inclusiva para a cooperação da Ásia-Pacífico que leve a uma comunidade da Ásia-Pacífico com um futuro compartilhado, garantiu Wang.

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