Biden assina projeto de lei que torna linchamento crime de ódio federal

O presidente dos EUA, Joe Biden, assina a Lei Emmett Till Anti-Lynching no Jardim das Rosas na Casa Branca em Washington, D.C., Estados Unidos, no dia 29 de março de 2022. (Xinhua/Liu Jie)
Washington, 29 mar (Xinhua) -- O presidente dos EUA, Joe Biden, assinou uma legislação na tarde de terça-feira para tornar o linchamento um crime de ódio federal pela primeira vez na história americana.
"A lei não é apenas sobre o passado. É sobre o nosso presente e futuro", disse Biden em comentários do Jardim de Rosas na Casa Branca para marcar a assinatura.
Ele também enfatizou que os líderes e legisladores dos direitos civis dos EUA trabalham há mais de 100 anos para aprovar essa lei.
Biden foi acompanhado pela vice-presidente, Kamala Harris, que patrocinou conjuntamente uma versão do projeto quando serviu no Senado, bem como outras figuras políticas e de direitos civis.
Harris chamou o linchamento de "mancha na história de nossa nação".
"Atos raciais de terror ainda ocorrem em nossa nação", disse ela. "E quando praticado, todos nós devemos ter a coragem de identificar e responsabilizar os culpados".
A legislação tem o nome de Emmett Till, um menino afro-americano de 14 anos espancado e morto por dois homens brancos no Mississippi em 1955.
O Senado aprovou o projeto por unanimidade em 7 de março, um mês após a aprovação da Câmara. A lei designa o linchamento como um crime de ódio punível com até 30 anos de prisão.
A Universidade Tuskegee, que acompanha a história dos linchamentos, estima que mais de 4.700 pessoas foram linchadas de 1882 a 1968, a maioria afro-americanos.

O presidente dos EUA, Joe Biden (direita), fala após assinar a Lei Emmett Till Anti-Lynching no Jardim das Rosas na Casa Branca em Washington, D.C., Estados Unidos, no dia 29 de março de 2022. (Xinhua/Liu Jie)

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