Cientistas chineses mapeiam como Ômicron evita terapêutica de anticorpos

Beijing, 21 abr (Xinhua) -- Cientistas chineses mapearam a estrutura de proteína spike de alta definição da variante Ômicron do vírus que causou a pandemia COVID-19.

A estrutura, sob microscopia, revelou como a Ômicron escapou da terapêutica prévia de anticorpos, disse o estudo publicado recentemente na revista Cell Reports.

O alto número de mutações na proteína spike da Ômicron é considerado responsável pela ampla evasão imunológica das vacinas e anticorpos existentes, disseram os pesquisadores da Universidade de ShanghaiTech, da Universidade de Nanjing e da Universidade Médica de Chongqing.

Eles compararam as estruturas de spikes da Ômicron e Delta e spikes do tipo selvagem ligados a um fragmento de anticorpo derivado de um paciente chamado 510A5, fornecendo provas diretas de onde a ligação e neutralização de anticorpos foram enfraquecidas pelas mutações da Ômicron, de acordo com o estudo.

Os resultados ilustraram como as mutações conduzem à evasão de anticorpos, disseram os pesquisadores.

Além disso, analisaram a estrutura de outros anticorpos anteriormente relatados como capazes de neutralizar a Ômicron, revelando as suas estruturas como mais insusceptíveis às variantes Ômicron.

Portanto, os pesquisadores sugeriram que os anticorpos de coquetel podem ser mais eficazes clinicamente no combate à COVID-19. Fim