COVID-19 levou 55 milhões de africanos para pobreza extrema em 2020, segundo relatório

Vendedora de vegetais espera clientes em Nairóbi, capital do Quênia, no dia 5 de abril de 2021. (Xinhua/John Okoyo)
Dacar, 15 mai (Xinhua) -- As interrupções causadas pela pandemia de COVID-19 levaram cerca de 55 milhões de africanos à pobreza extrema em 2020 e reverteram mais de duas décadas de redução da pobreza na África, segundo um relatório da Comissão Econômica das Nações Unidas para a África (CEA).
O relatório com o tema "Luta contra a pobreza e vulnerabilidade em África durante a pandemia de COVID-19", foi divulgado pelo CEA durante a 54ª sessão da Conferência dos Ministros Africanos das Finanças, Planeamento e Desenvolvimento Econômico que se realiza de 11 de maio a 17 em Dacar, capital do país da África Ocidental, Senegal.
O relatório expôs as causas e consequências do aumento da pobreza devido à pandemia de COVID-19, além de outros choques como os preços do petróleo.
As pessoas não pobres cujo nível de consumo era de 1,90 dólares americanos a 2,09 dólares americanos por dia (0-10 por cento acima da linha de pobreza) caíram na pobreza por causa da pandemia, uma vez que mesmo uma pequena volatilidade do consumo poderia empurrá-los abaixo da linha de pobreza, segundo o relatório.
Ele observou que pessoas pobres com poucos bens, acesso limitado ao crédito, emprego informal e baixos salários foram particularmente atingidas pelas medidas de contenção introduzidas durante a pandemia.
O relatório alerta ainda que 15 países africanos também correm o risco de se encontrarem "em situação de sobre-endividamento".
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