Crescimento e estabilidade da China servem como bens públicos regionais, diz economista do Banco Mundial

2022-05-20 15:42:17丨portuguese.xinhuanet.com

Bangkok, 20 mai (Xinhua) -- O crescimento econômico e a estabilidade da China já se tornaram bens públicos para as regiões da Ásia Oriental e do Pacífico, proporcionando estabilidade e apoio à região, disse Aaditya Mattoo, economista-chefe do Banco Mundial na Ásia Oriental e no Pacífico.

"A China está se tornando cada vez mais importante para esta região", e o que acontece na China importa para toda a região, afirmou Aaditya Mattoo em uma recente entrevista à Xinhua.

A China continua sendo um dos principais contribuintes para o crescimento global e também uma fonte significativa de demanda final para os países da região, com cerca de um décimo do valor agregado total produzido no Laos, Malásia, Mianmar, Tailândia e Vietnã sendo finalmente absorvido pela China, de acordo com o recente Update Econômico da Ásia Oriental e Pacífico do Banco Mundial.

Apesar dos riscos de queda, incluindo o conflito Rússia-Ucrânia, que pode levar a preços ainda mais altos de commodities, redução da demanda de exportação e volatilidade do mercado financeiro, ressurgimento da COVID-19 e aperto das condições financeiras globais, Mattoo afirmou que a China tem espaço político e capacidade de responder a tais choques.

Não é fácil para nenhum país lidar com choques triplos, disse ele, acrescentando que "felizmente, a China age de forma sensata e tem potencial para se comportar com sabedoria".

Ele observou que a China demonstrou contenção na política fiscal e monetária na fase inicial da pandemia, deixando o país com espaço para manobras políticas.

Se a China oferecer estímulos fiscais, ela beneficiará não apenas a economia chinesa, mas também a economia regional, disse.

O Banco Mundial tem verificado três novas oportunidades de crescimento para a região, nomeadamente o comércio, as tecnologias digitais e a produção verde.

Mattoo aconselhou os formuladores de políticas a manterem o comércio aberto. "As restrições à exportação são um exemplo do dilema dos prisioneiros, onde você toma medidas que parecem ser do seu próprio interesse, mas tornam todos, inclusive você mesmo, piores", explicou.

Para o economista, os países também devem criar uma infraestrutura para aproveitar a difusão mais rápida das tecnologias, o que, segundo ele, a China está fazendo com mais sucesso e está tentando desenvolver uma abordagem regulatória para aproveitar os benefícios e, ao mesmo tempo, resolver os problemas como monopólio e privacidade digital.

O Banco Mundial reduziu sua previsão para o crescimento econômico geral na região em desenvolvimento da Ásia Oriental e do Pacífico para 5% em 2022, 0,4 ponto percentual a menos do que sua projeção anterior em outubro.

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