(Multimídia) Atividades humanas degradam vegetação no Planalto Qinghai-Tibetano, diz estudo

Foto tirada em 28 de outubro de 2021 mostra homem pastoreando na vila de Ningxiu, distrito de Zeku, sub-região autônoma tibetana de Huangnan, Província de Qinghai, noroeste da China. (Xinhua/Zhang Long)

Beijing, 18 jun (Xinhua) -- Um estudo liderado por cientistas chineses constatou que atividades antropogênicas exercem uma pressão muito mais forte sobre a vegetação no Planalto Qinghai-Tibetano do que as mudanças climáticas.

Estudos anteriores haviam indicado que a variabilidade climática em vez do excesso de pastagem era a principal causa para mudanças de cobertura vegetal em larga escala no planalto. No entanto, ainda não está claro como as atividades humanas, como a pecuária, regulam a dinâmica da vegetação sob as mudanças climáticas.

Um grupo de pesquisa liderado por Wei Yanqiang, do Instituto de Eco-Ambiente e Recursos do Noroeste da Academia Chinesa de Ciências, usou o Índice de Vegetação de Diferença Normalizada AVHRR/GIMMS (NDVI) como indicador para analisar o estado de crescimento espaço-temporal da vegetação no planalto entre 1981 e 2015.

Eles também examinaram os efeitos duplos das mudanças climáticas e das atividades humanas por meio da análise de correlação de dados de 87 estações meteorológicas e dados estatísticos econômicos do planalto, de acordo com um estudo publicado na revista Earth's Future.

Os pesquisadores descobriram que a vegetação nas áreas central e sudoeste de alta altitude estava melhorando devido às tendências climáticas quentes e úmidas. O aquecimento global levou a um aumento da temperatura em altas altitudes, resultando na expansão das áreas de vegetação.

Os achados também revelaram que as áreas degradadas estavam confinadas principalmente ao nordeste e leste do planalto com densas populações humanas e pecuárias. Em comparação com as mudanças amenas nas tendências climáticas, atividades humanas como pastagem de longo prazo em vales de baixa altitude exercem mais pressão sobre a vegetação nessas áreas.

O estudo indicou que as pressões antropogênicas são muito mais intensivas do que o impacto das mudanças climáticas e são fundamentais para a conservação e manejo sustentável da vegetação do planalto.