Genebra, 14 jan (Xinhua) -- A otimização da resposta da China à COVID-19 contribuirá para o crescimento global, disse à Xinhua o presidente do Fórum Econômico Mundial (FEM), Borge Brende, em uma entrevista recente.

A nova resposta da China "conduzirá a um crescimento mais forte e próspero, inclusive se esta situação imediata é um pouco desafiante", disse Brende antes da reunião anual do FEM que será realizada na segunda-feira em Davos, Suíça.

Depois dos desafios imediatos, os ajustes ativos da China em sua resposta à COVID-19 conduzirão ao crescimento na produção industrial, investimento e indústrias de serviços, como o turismo, acrescentou.

O crescimento continuará na segunda maior economia do mundo, disse Brende. "Em geral, para finais de 2023 e 2024, somos muito otimistas sobre o crescimento na China", assinalou Brende.

Segundo o presidente do FEM, o maior desafio da economia mundial em 2023 é um crescimento mais lento.

"Parte do mundo entrará em recessão, algumas partes do mundo continuarão crescendo, mas a um ritmo mais lento", disse.

"Cooperação em um mundo fragmentado" é o tema da reunião anual do FEM de 2023. Brende pediu uma política de crescimento global para enfrentar os desafios, assinalando que a única forma de abordar os problemas globais é através de soluções globais.

O protecionismo e a complexa situação geopolítica estão desacelerando o crescimento mundial, e "o que esperamos de nossa reunião anual em Davos é que as nações voltem a tentar encontrar áreas para cooperar e não só trabalhar umas contra outras", disse Brende.

A China desempenha um papel vital em reunir as partes-chave, o que sublinha a importância de continuar com o comércio global, acrescentou.

"Espero que através da Organização Mundial do Comércio e também de outros acordos comerciais, possamos ver que o comércio e os investimentos fluem novamente", disse.

O presidente do FEM também disse que nos próximos anos haverá muitas oportunidades em tecnologia que também podem impulsionar o crescimento global. Os investimentos em novas tecnologias, como a energia renovável, poderão ajudar a resolver problemas ambientais e criar novos empregos.

Falando da Iniciativa de Desenvolvimento Global e da Iniciativa do Cinturão e Rota propostas pela China, Brende acredita que estas iniciativas são "críticas e consequentes".

Assinalou também que o capital e os investimentos devem continuar fluindo para os países em desenvolvimento e as economias emergentes.