Foto tirada no dia 29 de abril de 2023 mostra locais históricos em Khiva, Uzbequistão. (Xinhua)

O Uzbequistão e a China têm cooperado ativamente no campo cultural nos últimos anos, mantendo a amizade e os intercâmbios milenares entre as civilizações da Rota da Seda.

Tashkent, 18 mai (Xinhua) -- O Uzbequistão e a China têm cooperado ativamente no campo cultural nos últimos anos, mantendo a amizade e os intercâmbios milenares entre as civilizações da Rota da Seda, disse um estudioso sênior da Academia de Ciências do Uzbequistão.

"O Uzbequistão e a China são parceiros próximos na Rota da Seda ao longo da história e estabeleceram relações econômicas e comerciais duradouras e estáveis", disse à Xinhua em entrevista recente o vice-diretor do Centro para Promoção da Ciência da Academia de Ciências do Uzbequistão, Abdullayev Masharib Saydamatovich.

Desde o estabelecimento das relações diplomáticas há mais de 30 anos, os dois países continuaram desenvolvendo o relacionamento e a cooperação em vários campos, incluindo economia e cultura, observou ele, citando o esforço conjunto para restaurar a antiga cidade de Khiva como o melhor exemplo de cooperação cultural entre os dois países.

Uma das cidades antigas situadas ao longo da Rota da Seda, Khiva tem sido um centro de educação, ciência e cultura e foi o berço de civilizações ao longo de milênios, com Ichan Kala, a cidade interior do antigo oásis de Khiva, adicionada à lista do Patrimônio Mundial da UNESCO em 1990.

No entanto, por causa da longa falta de manutenção, algumas das construções antigas sofreram vários graus de danos. Em 2014, o Uzbequistão e a China decidiram preservar e restaurar Khiva e concluíram o projeto em 2019.

Foto tirada no dia 29 de abril de 2023 mostra locais históricos em Khiva, Uzbequistão. (Xinhua)

Segundo Saydamatovich, o trabalho de restauração foi desafiador, exigindo uma pesquisa científica detalhada. No início do projeto, especialistas chineses fizeram um estudo detalhado da aparência original de Khiva e usaram essas informações para planejar a restauração.

"O trabalho de restauração em Khiva refletiu totalmente a experiência que a China tem em restaurar relíquias culturais", disse Saydamatovich, acrescentando que durante o processo de restauração, especialistas e estudiosos chineses viveram em Khiva e se comunicaram e colaboraram diretamente com especialistas locais para realizar o trabalho de restauração da melhor forma possível.

Sob o princípio de "restaurar o original", os especialistas chineses conseguiram usar o máximo possível de materiais e técnicas tradicionais locais para não alterar a aparência das relíquias culturais, disse o estudioso uzbeque.

"Os especialistas chineses trabalharam meticulosamente e se esforçaram ao máximo para preservar o estilo original da cidade antiga", disse Saydamatovich, elogiando os profissionais pela restauração da aparência original das relíquias.

Ele destacou que o trabalho de restauração dos especialistas chineses foi completamente reconhecido no Uzbequistão, e a experiência da China em restaurar relíquias culturais também foi usada para proteger outros locais históricos no país.

"Após o projeto de restauração conjunta em Khiva, a cooperação cultural entre o Uzbequistão e a China continuará, e esse tipo de trabalho conjunto será uma direção importante para o futuro da cooperação entre os dois países", disse ele.

Saydamatovich apontou que o Uzbequistão e a China estão promovendo ativamente a cooperação em política, sociedade, cultura, ciência e outros campos sob a estrutura da Organização para Cooperação de Shanghai e da Iniciativa do Cinturão e Rota.

"As conquistas da China no desenvolvimento ajudarão diretamente o Uzbequistão a aumentar ainda mais sua força nacional. O país deseja continuar com as amplas trocas de experiências com a China", acrescentou ele.