O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, participa da cerimônia de encerramento de um diálogo de reconciliação entre as facções palestinas e testemunha a assinatura de uma declaração sobre o fim da divisão e o fortalecimento da unidade por 14 facções palestinas, em Beijing, capital da China, em 23 de julho de 2024. (Xinhua/Zhai Jianlan)
*A assinatura da Declaração de Beijing representa "a solução nacional ideal e mais apropriada" para a situação palestina após o conflito, disse o Hamas.
*A declaração representa um "sucesso esmagador da diplomacia chinesa", disse o especialista egípcio Abu Bakr Al-Deeb.
Beijing, 24 jul (Xinhua) -- Líderes mundiais e especialistas saudaram a assinatura de uma declaração por 14 facções palestinas em Beijing e elogiaram o papel da China em promovê-la.
A assinatura da Declaração de Beijing sobre o Fim da Divisão e o Fortalecimento da Unidade Nacional Palestina é "um passo positivo adicional" para alcançar a unidade nacional palestina e representa "a solução nacional ideal e mais apropriada" para a situação palestina após o conflito, disse o Hamas na terça-feira.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, "dá as boas-vindas à assinatura da Declaração de Beijing pelas facções palestinas", disse Stephane Dujarric, porta-voz do chefe da ONU, em resposta a perguntas em um briefing diário regular na terça-feira.
Ao considerar o acordo como "um passo importante para promover a unidade palestina", Dujarric disse que o secretário-geral "incentiva todas as facções a superarem suas diferenças por meio do diálogo e as exorta a seguirem os compromissos assumidos em Beijing e a declaração que assinaram".
Em uma declaração na terça-feira, o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, disse que a união de várias facções palestinas sob a Declaração de Beijing é um passo crucial para a realização dos direitos do povo palestino.
"É minha sincera esperança que a declaração de unidade se traduza em resultados tangíveis no terreno e resista a desafios futuros", disse ele.
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, participa da cerimônia de encerramento de um diálogo de reconciliação entre as facções palestinas e testemunha a assinatura de uma declaração sobre o fim da divisão e o fortalecimento da unidade por 14 facções palestinas, em Beijing, capital da China, em 23 de julho de 2024. (Xinhua/Zhai Jianlan)
As conversações em Beijing envolveram 14 facções palestinas com todas as suas posições equilibradas, constituindo assim uma base para acabar com a divisão, disse Abdel Mohdy Motawe, pesquisador do Cairo e diretor executivo do Fórum do Oriente Médio para Estudos Estratégicos e Segurança Nacional.
Esse é um passo importante para acabar com a divisão e fortalecer a unidade nacional dentro da estrutura da Organização para a Libertação da Palestina, com a inclusão de todas as forças e facções palestinas em suas instituições, disse Abu Bakr Al-Deeb, consultor do Centro Árabe de Pesquisas e Estudos, com sede no Cairo.
Líderes mundiais e especialistas também elogiaram o esforço sincero da China para apoiar os direitos dos palestinos, acabar com a divisão e criar uma posição unificada entre as facções palestinas.
Em uma declaração, Hossam Badran, membro do departamento político do Hamas, expressou seu "grande apreço pelos grandes esforços feitos pela China para chegar a essa declaração", observando que esse anúncio veio em um momento importante, pois os palestinos estão enfrentando um conflito contínuo, especialmente na Faixa de Gaza.
Guterres expressou seu apreço pelos esforços diplomáticos que estão sendo feitos pela China, bem como pelos esforços de outros países envolvidos na facilitação do processo, disse Dujarric, o porta-voz da ONU.
A assinatura da declaração representa um "sucesso esmagador da diplomacia chinesa", sua eficácia e o desejo da China de se aproximar da região do Oriente Médio e apoiar as questões árabes, tendo a questão palestina como prioridade, disse Al-Deeb.
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, participa da cerimônia de encerramento de um diálogo de reconciliação entre as facções palestinas e testemunha a assinatura de uma declaração sobre o fim da divisão e o fortalecimento da unidade por 14 facções palestinas, em Beijing, capital da China, em 23 de julho de 2024. (Xinhua/Zhai Jianlan)
Isso ressalta a crescente proeza diplomática da China e seu papel cada vez mais respeitado e influente no Oriente Médio, demonstrando sua capacidade de gerar soluções eficazes, disse Baris Doster, acadêmico da Universidade Marmara, com sede em Istambul.
Como um dos poucos países que seguem o princípio do diálogo, das conversações e das medidas positivas para sanar a divisão no Oriente Médio, espera-se que a China tenha um papel maior e mais amplo na questão palestina e em outras questões árabes, disse Motawe.