Produtos criativos culturais com tema de ópera tradicional são retratados no estande de exposição do Distrito de Tongzhou, em Beijing, durante a Feira Internacional de Comércio de Serviços da China (CIFTIS, na sigla em inglês) 2024 no Parque Shougang em Beijing, capital da China, no dia 15 de setembro de 2024. (Xinhua/Chen Yehua)
Onze proeminentes especialistas chineses viajaram para várias cidades búlgaras para compartilhar informações sobre a civilização chinesa por meio da filosofia, história, literatura e arte, ganhando aplausos do público local.
Sofia, 29 nov (Xinhua) -- É difícil imaginar que alguém que vive do outro lado do mundo possa se interessar pela sua cultura, inspirado por apenas alguns encontros. No entanto, várias atividades na Bulgária, intituladas "A História da China: Como e Por quê", está provando que isso é possível.
Realizado de 7 a 29 de novembro, o programa visa aumentar a compreensão dos búlgaros sobre a cultura tradicional chinesa e fortalecer os laços entre as duas nações. Onze especialistas chineses proeminentes viajaram para cidades búlgaras como Sofia, Veliko Tarnovo e Plovdiv para compartilhar informações sobre a civilização chinesa por meio da filosofia, história, literatura e arte.
Seminários, abertos ao público, buscam a evolução da cultura chinesa e comparam tradições orientais e ocidentais. Os tópicos incluem filosofia chinesa, medicina tradicional, arquitetura antiga e poesia clássica, todos atraindo interesse significativo do público local.
Público búlgaro reage durante evento cultural tradicional chinês em Sofia, Bulgária, no dia 24 de novembro de 2024. (Foto por Marian Draganov/Xinhua)
Um destaque foi uma palestra intitulada "Qual é a Quintessência da Cultura Chinesa: Sobre o Charme da Ópera de Beijing", liderada por Zhang Peng e Chen Pingyi. Os participantes tentaram inclusive tocar jinghu, um instrumento tradicional da Ópera de Beijing. Zhang, artista e pesquisador experiente, disse que ficou emocionado com a empolgação dos búlgaros. "Tudo superou minhas expectativas", disse ele.
A membro da plateia Miglena Tzenova, que tentou tocar jinghu, chamou a experiência de "indescritível". Apesar de sua formação como pianista, foi sua primeira vez tocando um instrumento de cordas. "Gosto muito de música chinesa, da cultura e especialmente da ópera tradicional", disse ela.
Chen, um renomado professor de jinghu, destacou uma pergunta da plateia sobre se as crianças na China ainda estudam a Ópera de Beijing. Ele explicou que escolas especializadas em Beijing e Shanghai começam a treinar estudantes a partir dos 11 anos.
Foto mostra jinghu, instrumento de cordas com arco, durante exposição em Beijing, capital da China, no dia 15 de fevereiro de 2017. (Xinhua/Luo Xiaoguang)
Gong Baorong, outro especialista, ficou surpreso com o conhecimento da plateia sobre ópera chinesa. "Não sabia que tantos búlgaros se interessam pela cultura chinesa", disse ele.
As universitárias Kalina Gerginova e Mihaela Parvanova, ambas com experiência de estudo na China, disseram que os eventos aumentaram sua compreensão. Parvanova, que antes achava a ópera chinesa incompreensível, disse que conhecer os artistas pessoalmente a tornou mais acessível. "Uma coisa é assistir no palco, outra é conversar diretamente com os praticantes", explicou ela.
Artista de ópera ajeita cocar antes da apresentação nos bastidores do Condado de Boxing, na Cidade de Binzhou, província de Shandong, leste da China, no dia 27 de agosto de 2024. (Foto por Chen Bin/Xinhua)
Além da Ópera de Beijing, outros eventos incluíram um encontro com o poeta chinês Yu Jian, onde os participantes discutiram seu trabalho e buscaram novas perspectivas sobre sua poesia. Em Targovishte, palestras sobre filosofia e medicina chinesas também foram bem recebidas, com o público particularmente fascinado pelos métodos de assistência médica.
Patrocinado pelo Ministério do Comércio da China e organizado pelo Faculdade Profissional de Comércio Exterior de Shandong, o programa uniu culturas e despertou mais e compreensão entre os búlgaros.
