(Multimídia) Entrevista: 50 anos de laços Moçambique-China tornam-se modelo para países em desenvolvimento, diz ex-premiê moçambicano-Xinhua

(Multimídia) Entrevista: 50 anos de laços Moçambique-China tornam-se modelo para países em desenvolvimento, diz ex-premiê moçambicano

2025-06-13 16:42:15丨portuguese.xinhuanet.com
O ex-primeiro-ministro moçambicano Aires Ali é entrevistado pela Agência de Notícias Xinhua em Maputo, Moçambique, em 9 de junho de 2025. (Sitoe Constancio/Xinhua)

   Maputo, 13 jun (Xinhua) -- Moçambique e a China forjaram uma amizade duradoura ao longo dos últimos 50 anos, com a cooperação em desenvolvimento, educação e infraestrutura a servir de modelo de parceria entre os países em desenvolvimento, afirmou o ex-primeiro-ministro moçambicano, Aires Ali.

   A cooperação entre os dois lados começou durante a luta armada de Moçambique pela libertação nacional na década de 1960, disse Ali à Xinhua em uma entrevista exclusiva recente.

   Naquela época, a China foi um dos primeiros países a oferecer apoio concreto à luta pela independência de Moçambique. Depois que Moçambique conquistou a independência em 1975, a China foi um dos primeiros países a estabelecer laços diplomáticos e a cooperação se expandiu nos campos político, econômico e educacional, entre outros, observou ele.

   "A China ajudou-nos a criar bases seguras fortes da cooperação", de acordo com Ali, enfatizando que, nos primeiros anos da independência, a China desempenhou um papel importante no treinamento de profissionais para preencher a lacuna deixada pela administração colonial.

   Ao longo das últimas cinco décadas, os dois países fizeram progressos significativos na agricultura, infraestrutura e educação, destacou Ali. A China prestou assistência técnica que apoiou o crescimento agrícola de Moçambique, enquanto projetos de infraestrutura, como rodovias e pontes, melhoraram a conectividade nacional, acrescentou.

   Quando atuou como ministro da Educação, Ali fortaleceu a cooperação com a China no intercâmbio linguístico e cultural. "Foi quando começamos a discutir a criação do Instituto Confúcio, e, felizmente, aconteceu", afirmou ele. Desde então, o instituto se tornou uma plataforma para um intercâmbio mais profundo entre as pessoas.

   Ali também lembrou sua visita à China em 2010 como primeiro-ministro durante uma época em que muitos países ocidentais estavam reduzindo a ajuda a Moçambique. O lado moçambicano acreditou que a China prestou assistência naquele momento difícil, o que realmente aconteceu, informou ele. Apenas duas semanas após sua visita, a China enviou uma delegação de mais de 50 empresários para Moçambique, ajudando a avançar projetos importantes.

   "Para mim, esse momento foi particularmente marcante, porque o governo chinês demonstrou um comprometimento sério e firme", ressaltou Ali.

   Em 2024, o comércio bilateral entre a China e Moçambique atingiu US$ 5,21 bilhões, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores da China. Desde 1º de dezembro de 2024, Moçambique desfruta do tratamento de tarifa zero em 100% de produtos tributáveis exportados para a China.

   Olhando para o futuro, Ali pediu uma cooperação mais profunda em ciência, educação e emprego juvenil. Ele incentivou as gerações mais jovens em Moçambique a compreender e levar adiante essa amizade valiosa.

   "Precisamos continuar a cooperar para pensarmos nos próximos 50 anos dos dois países. Devemos continuar a explorar essas novas tecnologias, novas maneiras de estar, novos desenvolvimentos do mundo, sempre como irmãos. Continuaremos a lutar pelo bem dos nossos dois povos", observou Ali.

Um funcionário chinês (D) da fazenda de arroz Wanbao conversa com um agricultor local na cidade de Xai-Xai, na Província de Gaza, Moçambique, em 30 de abril de 2025. (Mendes Mondlane/Xinhua)
Foto tirada em 31 de maio de 2025 mostra professores e alunos do Instituto Confúcio da Universidade Eduardo Mondlane fazendo zongzi para celebrar o Festival do Barco do Dragão em Maputo, Moçambique. (Mendes Mondlane/Xinhua)

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