Itália divulga pacote de ajuda de 17 bilhões de euros para combater inflação e seca-Xinhua

Itália divulga pacote de ajuda de 17 bilhões de euros para combater inflação e seca

2022-08-06 11:29:26丨portuguese.xinhuanet.com

O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, fala em uma coletiva de imprensa em Roma, Itália, no dia 4 de agosto de 2022. (Foto por Alberto Lingria/Xinhua)

Roma, 4 ago (Xinhua) -- O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, anunciou na quinta-feira um pacote de ajuda no valor estimado de 17 bilhões de euros (17,3 bilhões de dólares americanos) para combater o aumento da inflação e da seca.

Como chefe de um governo interino, Draghi anunciou que o Conselho de Ministros havia acabado de aprovar o último pacote de ajuda em sua primeira coletiva de imprensa após sua renúncia oficial como primeiro-ministro em 21 de julho. Ele concordou em permanecer como chefe de governo em uma função interina até que um novo governo possa ser formado após as eleições gerais marcadas para 25 de setembro.

No início deste ano, a Itália já aprovou a assistência econômica de 35 bilhões de euros. Assim, juntas, as duas medidas totalizam mais de 2 por cento do produto interno bruto da Itália, segundo o primeiro-ministro.

Draghi disse que o decreto era de "proporções extraordinárias" e seu objetivo era "dar ao próximo governo a realização bem-sucedida de todas as metas" relacionadas aos mais de 200 bilhões de euros da União Europeia em empréstimos e subsídios relacionados à pandemia de coronavírus.

De acordo com Draghi, entre as medidas financiadas pelo novo pacote estarão "a extensão da faturação e outras medidas relacionadas com os custos dos combustíveis, uma reavaliação das pensões e cortes de impostos" para além das financiadas pela primeira ronda de ajudas este ano.

Draghi também disse que haverá "medidas de apoio aos agricultores contra a seca", além de financiamento para iniciativas locais e regionais específicas e um bônus de 200 euros para trabalhadores autônomos.

A Itália foi prejudicada pelo aumento dos preços decorrente do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que elevou os preços globais dos combustíveis, causou escassez de alimentos e interrompeu as cadeias de suprimentos. No final de julho, os preços na Itália eram 7,9 por cento mais altos do que no ano anterior, e em junho o aumento homólogo dos preços foi de 8 por cento, o maior na Itália desde a adoção do euro.

A Itália também sofreu com condições excepcionalmente quentes e secas neste verão. A associação de agricultores Coldiretti afirmou que a produção agrícola do país este ano será reduzida em pelo menos um terço, com alguns setores vendo quedas de mais de duas vezes esse valor. Na sexta-feira, 19 cidades, incluindo Roma, Milão e Turim, serão colocadas em alerta vermelho devido às altas temperaturas.

Mas Draghi disse que esses fatores serão reduzidos pelas medidas do governo, e ele previu que, apesar dos desafios, a economia da Itália este ano ainda crescerá mais rápido do que as da França e da Alemanha, as duas maiores economias da zona do euro.

O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, fala em uma coletiva de imprensa em Roma, Itália, no dia 4 de agosto de 2022. (Foto por Alberto Lingria/Xinhua)

O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi (3ºm direita, atrás), participa de uma coletiva de imprensa em Roma, Itália, no dia 4 de agosto de 2022. (Foto por Alberto Lingria/Xinhua)

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