Aves migratórias são vistas na Reserva Natural do Lago Chenhu, em Wuhan, capital da Província de Hubei, centro da China, em 4 de agosto de 2022. (Xinhua/Wu Zhizun)

   Wuhan/Genebra, 4 nov (Xinhua) -- Sete cidades chinesas receberão certificados de "cidades úmidas internacionais" da Convenção de Ramsar, tornando a China o país com maior número dessas cidades, segundo um oficial informou na quinta-feira.

   Os certificados serão emitidos na 14ª Reunião da Conferência das Partes Contratantes (COP14) da Convenção de Ramsar sobre Zonas Úmidas, de 5 a 13 de novembro, com sede principal na cidade de Wuhan, centro da China, e uma sessão paralela em Genebra, Suíça, de forma offline e online.

   Após a reunião, haverá 43 "cidades úmidas internacionais" em todo o mundo, das quais 13 pertencem à China, disse Hu Yuanhui, vice-diretor do departamento de cooperação internacional da Administração Nacional de Recursos Florestais e Pastagens, em uma coletiva de imprensa sobre a reunião em Wuhan e Genebra.

   "Esta é o maior feito na proteção ecológica de zonas úmidas urbanas", disse Hu.

   "A situação (de proteção de zonas úmidas) na China é encorajadora", disse Musonda Mumba, secretária-geral da Convenção de Ramsar, à Xinhua.

   Quando outras partes da convenção virem esse papel de liderança da China, elas entenderão que a proteção de áreas úmidas é propícia não só para a resposta contra as mudanças climáticas, mas também para a conservação da biodiversidade, disse ela.

   As sete cidades chinesas recentemente certificadas são Hefei, na Província de Anhui, Jining, na Província de Shandong, Liangping, no Município de Chongqing, Nanchang, na Província de Jiangxi, Panjin, na Província de Liaoning, Wuhan, na Província de Hubei, e Yancheng, na Província de Jiangsu.

   As outras seis cidades chinesas que compartilharam a honra desde 2018 são Harbin, na Província de Heilongjiang, Haikou, na Província de Hainan, Yinchuan, na Região Autônoma da Etnia Hui de Ningxia, Changde, na Província de Hunan, Changshu, na Província de Jiangsu, e Dongying, na Província de Shandong.

   Com 172 partes contratantes hoje, a Convenção de Ramsar, nomeada em homenagem à cidade de Ramsar, no Irã, onde a convenção foi assinada em 1971, é um acordo intergovernamental dedicado à conservação e ao uso racional dos ecossistemas das zonas úmidas.

   Desde sua adesão à convenção em 1992, a China estabeleceu e melhorou o quadro jurídico para a proteção das zonas úmidas, bem como os sistemas de administração da proteção, planejamento de projetos, investigação e monitoramento e cumpriu ativamente suas obrigações decorrentes da convenção, além de continuar a expandir a cooperação internacional a este respeito.

   Na última década, a China criou e restaurou mais de 800 mil hectares de zonas úmidas, incluindo 64 zonas úmidas de importância internacional, 29 de importância nacional e 1.021 de importância provincial, de acordo com a mais recente pesquisa da Administração Nacional de Recursos Florestais e Pastagens.

   Em junho, a nova lei chinesa sobre proteção de zonas úmidas entrou em vigor. Em outubro, o relatório do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China observou a promoção da regeneração natural das zonas úmidas, enviando um sinal claro de que fortalecer a proteção das zonas úmidas não é apenas o verdadeiro significado da construção da civilização ecológica, mas também uma exigência inevitável do caminho chinês para a modernização.

   Especialistas como Lei Guangchun, presidente do Painel de Revisão Científica e Técnica da Convenção de Ramsar e professor da Universidade de Silvicultura de Beijing, disseram que o fato de que a COP14 escolheu Wuhan como a cidade co-anfitriã pela primeira vez reflete a afirmação da comunidade mundial do conceito chinês de civilização ecológica.

   Com sua participação aprofundada nos assuntos da Convenção de Ramsar e a elaboração de regras internacionais relacionadas, a China contribuiu com sua própria experiência e soluções para a proteção e restauração de áreas úmidas globais, segundo Lei.

A foto aérea tirada em 26 de outubro de 2022 mostra a paisagem do outono da área cênica do lago Hongze no distrito de Sihong, Província de Jiangsu, leste da China. (Xinhua/Ji Chunpeng)

Um guindaste branco é visto na área de conservação de guindaste branco Wuxing pelo lago Poyang em Nanchang, Província de Jiangxi, leste da China, em 8 de dezembro de 2021. (Xinhua/Zhou Mi)

A foto aérea tirada em 25 de dezembro de 2021 mostra aves voando na Reserva Natural Nacional do Delta do Rio Amarelo na Província de Shandong, leste da China. (Xinhua/Yang Bin)