Beijing, 4 dez (Xinhua) -- Uma equipe de cientistas chineses e seus homólogos no exterior descobriu que quase metade do metano em águas marinhas rasas ricas em nutrientes é consumida por micróbios antes de sua emissão para a atmosfera.
"Esta descoberta implica que o papel da oxidação microbiana para a remoção de metano é mais importante do que pensávamos anteriormente, uma vez que reduz significativamente as emissões globais de metano de águas rasas", disse Zhuang Guangchao, químico marinho da Universidade de Oceano da China e chefe da equipe de pesquisa.
O metano é o segundo gás de efeito estufa mais importante, e seu potencial de aquecimento global é mais de 20 vezes maior do que o dióxido de carbono. Por isso, reduzir as emissões globais de metano é importante para alcançar a neutralidade de carbono, explicou Zhuang.
"O oceano é uma fonte de metano atmosférico e as águas costeiras rasas dominam as emissões globais de metano oceânico, enquanto a oxidação microbiana atua como um biofiltro que pode mitigar essas emissões", disse ele.
Neste estudo, publicado recentemente na revista Nature Communications, os pesquisadores combinaram um conjunto de análises geoquímicas e microbianas, bem como modelos de aprendizado de máquina para estudar o ciclo de metano no oceano. Eles quantificaram as taxas de oxidação do metano em águas marinhas rasas globais e estimaram seu papel nas emissões de metano oceânico.
"Esta é a primeira aproximação das taxas de oxidação do metano em águas rasas em escala global, o que nos ajuda a entender melhor o ciclo deste importante gás de efeito estufa", disse Zhuang, acrescentando que o estudo também é de grande importância para ajudar a reduzir as emissões de metano oceânico e alcançar a neutralidade de carbono.
A equipe de pesquisa consistiu de cientistas da Universidade de Oceano da China, Universidade de Xiamen, Universidade College London, Universidade Estadual de Montana e Universidade da Geórgia. Fim