Moradora recebe dose de vacina inalável contra COVID-19 em um local de vacinação no distrito de Haidian, em Beijing, capital da China, em 21 de dezembro de 2022. (Xinhua/Ren Chao)

   Shanghai, 5 jan (Xinhua) -- É improvável que a subvariante XBB, da Ômicron, cause um novo tipo de infecção na China em um futuro próximo, disse em Shanghai um especialista em doenças infecciosas.

   Há crescentes preocupações públicas na China sobre a nova subcepa XBB, vinda do exterior, e as possíveis reinfecções entre as pessoas que acabaram de se recuperar do recente surto de COVID-19.

   Wang Xinyu, vice-diretor do departamento de doenças infecciosas do Hospital Huashan da Universidade Fudan, em Shanghai, disse que o recente surto de COVID-19 reduziu o número de indivíduos suscetíveis na China e que por isso é improvável que o XBB traga um novo pico de infecção no curto prazo.

   "As pessoas que acabaram de se recuperar têm um nível bastante alto de anticorpos. Elas são menos propensas a serem infectados pela variante XBB em comparação com as que nunca foram vacinadas ou infectadas", disse ele à Xinhua em uma entrevista.

   O médico também disse que as chances de desenvolver condições graves durante as reinfecções são muito menores para as pessoas que já foram infectadas por subvariantes semelhantes.

   A visão de Wang ecoou a do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças, que previu uma baixa possibilidade de uma epidemia em larga escala causada pelo XBB.

   O centro disse que as subcepas BA.5.2 e BF.7 permaneceram como as duas cepas dominantes no país. A China detectou importações de BF.7, BQ.1 e XBB nos últimos três meses, mas BQ.1 e XBB não se transformaram em subvariantes dominantes no país.

   Ele disse que os anticorpos neutralizantes de indivíduos infectados com BA.5.2 e BF.7 permanecerão em um nível relativamente alto por cerca de três meses. Esses pacientes devem ter proteção cruzada eficaz contra outras variantes da Ômicron, incluindo XBB.