Funcionários médicos participam de uma sessão de treinamento sobre COVID-19 por especialistas chineses via teleconferência no Hospital Central de Maputo, em Maputo, Moçambique, em 24 de abril de 2020. (Foto por Israel Zefanias/Xinhua)

   Beijing, 20 jan (Xinhua) -- "As últimas medidas tomadas pela China em relação à pandemia da COVID-19 são oportunas e necessárias, pois vão ao encontro do actual estágio e fase alcançada pelo país", comentou Maria Gustava, embaixadora de Moçambique na China, em uma recente entrevista à Xinhua.

   Gustava foi nomeada como embaixadora de Moçambique na China em 2018. A seu ver, desde o surto da pandemia, o governo chinês "sempre colocou os interesses e a defesa da vida do seu povo em primeiro plano".

   Ela elogiou ainda o profissionalismo e a dedicação dos profissionais médicos chineses, bem como o forte patriotismo e o humanitarismo do povo chinês. "Desde a eclosão da pandemia de COVID-19, Moçambique e China uniram os esforços, estiveram lado a lado e apoiaram se mutuamente", relembrou.

   A China foi um dos parceiros no combate à pandemia em Moçambique, disponibilizando ao lado moçambicano diversos materiais, incluindo respiradores, geradores de oxigénio médico e máscaras. "As acções desenvolvidas vieram reforçar cada vez mais a amizade e fraternidade existente entre os dois povos e governos e partidos", manifestou.

   O anúncio da otimização de resposta da China à COVID-19 coincidiu com o lançamento do Pacote de Medidas de Aceleração Económica do governo moçambicano, o que oferece uma importante oportunidade para a recuperação económica e comercial do país, sublinhou a embaixadora.

   Em junho de 2023, será realizada a 3ª Exposição Económica e Comercial China-África em Changsha, Província de Hunan, centro da China. "Isso marca a retomada da cooperação comercial China-África após a epidemia".

   Moçambique está comprometido a otimizar o ambiente de negócios, melhorar o desenvolvimento da infraestrutura e aumentar as medidas fiscais e de estímulo à economia, informou ela.

   "Com estas medidas julgo também estarem criadas condições para facilitar e incentivar o sector empresarial chinês a investir em Moçambique, usufruindo do ambiente de estabilidade e segurança prevalecente e do elevado potencial de rentabilidade que os negócios oferecem nos nossos países", apontou.

Uma médica moçambicana fala durante uma sessão de treinamento sobre COVID-19 por especialistas chineses via teleconferência no Hospital Central de Maputo em Maputo, Moçambique, em 24 de abril de 2020. (Foto por Israel Zefanias/Xinhua)