Foto tirada em 28 de julho de 2022 mostra um salão de experiências de tecnologias do metaverso durante a Conferência Global de Economia Digital de 2022 no Centro Nacional de Convenções da China, em Beijing. (Xinhua/Chen Zhonghao)

   Beijing, 30 jan (Xinhua) -- Em outubro passado, o renomado diretor e comediante de Hong Kong, Stephen Chow, disse em seu primeiro post na mídia social que está "em busca de um talento excepcional na Web3".

   Embora muitos fãs ainda precisem se familiarizar mais com a Web3 ou Web 3.0, a palavra tem estado na moda na comunidade tecnológica nestes anos. Os formuladores de políticas e empresas tecnológicas chinesas também estão intensificando os esforços para aproveitar a Web 3.0.

   Gu Feiyong, um gerente da gigante chinesa de internet NetEase, disse que a Web3 vai redesenhar a forma como a internet funciona, usando a blockchain para mudar a forma como a informação é armazenada, compartilhada e possuída.

   No início dos anos 90, a primeira versão da internet foi a Web 1.0,  composta de páginas estáticas com conteúdo para exibir informações.

   Depois, a era da Web 2.0 foi caracterizada pelo surgimento das plataformas de comércio eletrônico e mídia social. Tecnologias como computação móvel (smartphones), computação na nuvem e big data permitiram aos usuários da internet interagir entre si e publicar seu próprio conteúdo.

   No entanto, nos últimos anos, há uma preocupação crescente com a Web 2.0. Por exemplo, os dados dos usuários são coletados pelas plataformas administradas por gigantes tecnológicos para vender propagandas direcionadas. Os usuários nada ganham sobre a receita trazida pelo conteúdo que eles criam.

   Com base na blockchain, a Web 3.0 visa resolver estas questões e devolver direitos de conteúdo aos criadores, de acordo com Gu.

   Muitas grandes empresas de tecnologia e startups estão usando ideias comerciais para demonstrar a Web 3.0 em aplicações da realidade, acreditando em um futuro promissor que ela pode proporcionar. O metaverso, por exemplo, é um ambiente virtual que permite que as pessoas se envolvam em atividades digitais, como a coleta de ativos digitais como tokens não fungíveis (NFTs, sigla em inglês).

   Entre as 10 principais tendências tecnológicas previstas pela Baidu Research, as tecnologias relacionadas à Web 3.0 criarão um novo espaço cibernérico multicêntrico, mais aberto, justo e seguro, onde os usuários poderão trocar informações e valores com mais segurança no ano de 2023.

   Os formuladores de políticas estão implementando medidas e planejam apoiar o desenvolvimento. Em julho passado, o 14º plano quinquenal sobre a economia digital  do Município de Shanghai revelou o plano de construção da infraestrutura da Web 3.0, pesquisa e desenvolvimento de tecnologia para a rede de nova geração, assim como inovação de aplicações.

   No início deste mês, Beijing lançou um plano de desenvolvimento da Web 3.0 no período de 2023 a 2025 no distrito de Shijingshan, esperando alcançar uma receita de mais de 10 bilhões de yuans (US$ 1,48 bilhão) de negócios relacionados à Web 3.0 até 2025.

   A capital planeja realizar 20 grandes projetos de demonstração de aplicações no distrito até 2025, construir cinco laboratórios ou centros de inovação tecnológica, e pelo menos seis plataformas de tecnologia e serviços, além de atrair cinco a 10 empresas líderes da indústria na Web 3.0 para operar no distrito.