Comentário: China e estados árabes embarcam em jornada rumo a um futuro compartilhado-Xinhua

Comentário: China e estados árabes embarcam em jornada rumo a um futuro compartilhado

2024-09-12 11:29:41丨portuguese.xinhuanet.com

Convidados aprendem sobre projeto de energia limpa na 6ª edição da Exposição China-Estados árabes em Yinchuan, Região Autônoma de Ningxia Hui, noroeste da China, no dia 22 de setembro de 2023. (Xinhua/Wang Haizhou)

Os 22 países árabes se tornaram parceiros da Iniciativa do Cinturão e Rota (ICR), sob a qual iniciaram mais de 200 grandes projetos com a China. O sucesso contínuo da cooperação China-Estados árabes está enraizado em seus desejos compartilhados de paz e prosperidade, além de respeito mútuo pelas civilizações e sistemas políticos de cada um.

Por Zhao Wencai

Beijing, 10 set (Xinhua) -- Era um dia fresco em 750 d.C. quando Abu Obeida, navegador árabe, zarpou de um movimentado porto do Oriente Médio em Omã a bordo de um veleiro de madeira com dois mastros chamado Sohar. Ele viajou para o leste e, após meses de mares traiçoeiros, finalmente chegou às costas distantes de Guangzhou, na China.

Ele retornou com seda, porcelana e especiarias, abrindo as primeiras rotas comerciais entre a China e o mundo árabe. Sua jornada ousada inspirou As Mil e Uma Noites, uma história contada por gerações.

Foto tirada no dia 13 de abril de 2008 mostra veleiro "Sohar" modelado com base em um antigo, em Muscat, capital de Omã. (Xinhua/Zhang Ning)

Atualmente, a conexão que ele criou continua e enriquece o vínculo entre as duas culturas mais de doze séculos depois.

Após gerações de esforços, a China e os estados árabes agora têm um vínculo ainda mais próximo. Desde a década de 1950, a China estabeleceu relações diplomáticas com todos os estados árabes. Com interações que apresentam entendimento, respeito, assistência e solidariedade mútuas, a China e os estados árabes se tornaram bons amigos, se tratando como iguais, bons parceiros que buscam benefícios mútuos e bons irmãos que se ajudam em bons e maus momentos.

Em questões relacionadas aos principais interesses e preocupações de cada um, como as questões da Palestina e de Taiwan, a China e os estados árabes têm consistentemente demonstrado solidariedade e apoio mútuo, emergindo como uma força inseparável no Oriente, defendendo a justiça, resistindo à hegemonia e defendendo a imparcialidade no cenário internacional.

A cooperação econômica e comercial é um reflexo dinâmico do relacionamento crescente. Os 22 países árabes agora se tornaram parceiros da Iniciativa do Cinturão e Rota (ICR), sob a qual iniciaram mais de 200 grandes projetos com a China.

Nos últimos anos, a China solidificou sua posição como o principal parceiro comercial dos estados árabes. Nos últimos dois anos, os volumes de comércio bilateral atingiram novos máximos, oscilando em torno de 400 bilhões de dólares americanos, um crescimento de dez vezes em comparação a vinte anos atrás. Quase 2 bilhões de pessoas de ambos os lados estão se beneficiando dessa parceria pragmática.

Trabalhadores conversam na Empresa de Refino Yanbu Aramco Sinopec (YASREF, na sigla em inglês) em Yanbu, Arábia Saudita, no dia 27 de novembro de 2022. (Xinhua/Wang Haizhou)

Atualmente, a cooperação prática com a China continua gerando resultados em vários setores e nações da região.

Na Arábia Saudita, grandes projetos de cooperação foram lançados, incluindo a Empresa de Refino Yanbu Aramco Sinopec, o Projeto do Complexo de Etileno Gulei Sino-Saudita, o núcleo industrial chinês na Cidade Econômica de Jazan, o projeto de infraestrutura e serviços públicos do Mar Vermelho, comunicações 5G e explorações lunares conjuntas.

As trocas interpessoais entre os dois países continuam crescendo. Quatro universidades sauditas introduziram cursos de língua chinesa, e oito escolas de ensino fundamental e médio agora oferecem cursos opcionais de língua chinesa para seus estudantes.

Nos Emirados Árabes Unidos (EAU), os projetos que simbolizam a cooperação pragmática entre os dois países incluem a Zona de Demonstração de Cooperação de Capacidade Industrial China-EAU, o terminal de contêineres de fase II no Porto de Khalifa, a ferrovia Etihad e a usina de energia de carvão limpo Hassyan. Além disso, os EAU mantêm consistentemente o status de maior parceiro comercial não petrolífero e mercado de exportação da China na região.

Navio porta-contêineres chinês SOLAR no Terminal CSP Abu Dhabi do Porto de Khalifa em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, no dia 25 de maio de 2019. (Xinhua/Su Xiaopo)

O sucesso contínuo da cooperação China-Estados árabes está enraizado em seus desejos compartilhados de paz e prosperidade, além de respeito mútuo pelas civilizações e sistemas políticos de cada um.

Em meio a um mundo cheio de turbulências, conflitos e confrontos, a ênfase na construção de uma comunidade sino-árabe com futuro compartilhado, deixando de lado as diferenças, resistindo à interferência externa e aderindo à prosperidade comum, destaca o forte significado dessa relação.

Desde facilitar a reaproximação entre a Arábia Saudita e o Irã, até promover a reconciliação entre facções palestinas e melhorar a vida das pessoas em todo o Oriente Médio ao avançar a ICR, o papel da China como campeã da paz e promotora de desenvolvimento está ganhando reconhecimento crescente entre os habitantes da região.

Na busca pelo rejuvenescimento nacional, a China continuará compartilhando suas oportunidades de desenvolvimento, praticando em conjunto o verdadeiro multilateralismo e, juntos, criar um novo capítulo de cooperação pragmática com os estados árabes.

Com a amizade duradoura entre a China e os estados árabes, a história sobre o navio Sohar ainda está se desenrolando. Em 1980, outro aventureiro, Tim Severin, partiu de Omã em uma réplica do Sohar, refazendo a rota que foi navegada por Obeida.

Hoje, há um monumento em um parque no distrito de Haizhu, em Guangzhou, homenageando o Sohar e comemorando a viagem heroica de Severin, símbolo do vínculo resiliente entre a China e os estados árabes, que navegou por um milênio de história e continua embarcando em novos capítulos.

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