Rio de Janeiro, 30 set (Xinhua) -- O mercado financeiro prevê dois aumentos consecutivos na taxa de juros no Brasil de 0,5 ponto percentual cada até o final do ano, ao mesmo tempo que coloca o crescimento econômico do país em 3,0% e a inflação em 4,37%, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central.
Segundo o Boletim Focus, após entrevistar uma centena de economistas e analistas de mercado, a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 10,75%, encerrará o ano em 11,75%, o que significa que aumentará 0,5 ponto percentual em cada uma das reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em novembro e dezembro.
Na última reunião, o Banco Central elevou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, o primeiro aumento durante o atual Governo, que sempre foi favorável à sua redução.
No entanto, para 2025, a previsão é de redução da taxa de juros, quando esta deverá terminar o ano em 10,75%.
Já sobre o Produto Interno Bruto (PIB), a projeção do mercado financeiro é que alcance 3% este ano, mesma previsão da segunda-feira passada, mas elevou a expectativa de crescimento para 2025, de 1,90 para 1,92%.
Com relação à inflação, a previsão se manteve nos 4,37% para este ano e em 3,97%, para 2025.
A meta de inflação estabelecida pelo Banco Central é de 3%, tanto para 2024 como para o próximo ano, em ambos os casos com 1,5 ponto percentual de tolerância, para cima ou para baixo.
Sobre a taxa de câmbio do real em relação ao dólar, atualmente em 5,44 reais por dólar, a previsão é fechar o ano em 5,40 reais por dólar, enquanto a balança comercial foi estimada em apresentar um superávit de US$ 81 bilhões.
Já o valor dos investimentos estrangeiros diretos no Brasil este ano foi reduzido de US$ 70,8 bilhões para US$ 70,5 bilhões.