Beijing, 2 jan (Xinhua) -- O avião elétrico de quatro assentos RX4E desenvolvido pela China tornou-se o primeiro de seu tipo a receber um certificado da categoria, disse a Administração de Aviação Civil da China (CAAC, em inglês) na quinta-feira, sinalizando um avanço na tecnologia de aviação de nova energia.
O RX4E é assinalado como a primeira aeronave puramente elétrica projetada de acordo com o CCAR-23, os regulamentos de aviação civil da China que regem a aeronavegabilidade para aeronaves de categoria normal, que inclui aeronaves de pequeno porte. O certificado deste tipo, uma das certificações de aeronavegabilidade, deve ser obtido pelos produtos de aviação antes de serem colocados em produção em massa.
A aeronave possui uma envergadura de 13,5 metros e um comprimento de 8,4 metros, com peso máximo de decolagem de 1.260 kg. É alimentada por bateria de lítio com capacidade total de 70 kWh e possui um sistema de propulsão elétrica capaz de atingir potência máxima de 140 kW.
Desenvolvido de forma independente pela Academia de Aviação Geral de Liaoning da Universidade Aeroespacial de Shenyang, o RX4E pode atingir um tempo máximo de voo de 1,5 hora, apresentando vantagens como emissões zero, baixo ruído, custos operacionais reduzidos e alta segurança e confiabilidade.
Espera-se que o RX4E encontre diversas aplicações em treinamento de pilotos, voos turísticos, voo experimental, fotografia aérea e levantamento aéreo.
Também estão em curso planos para desenvolver variantes para propulsão de água, neve e hidrogénio, bem como outros modelos para fins especiais, para expandir a sua gama de uso e aumentar a competitividade do mercado.
De acordo com os regulamentos chineses relevantes, todas as aeronaves pequenas são chamadas de aeronaves da categoria normal. As aeronaves configuradas com 19 assentos de passageiros ou menos e com peso máximo de decolagem certificado de 8.618 kg ou menos podem ser certificadas nesta categoria.
O processo de certificação deste tipo, iniciado quando a CAAC aceitou o pedido de projeto em 11 de novembro de 2019, levou cinco anos para concluir todo o trabalho necessário de verificação de aeronavegabilidade.