Beijing, 4 jul (Xinhua) -- O Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China aprovou recentemente uma proteína convertida a partir de CO2 por bioengenharia como um novo material para ração, fornecendo uma nova solução para resolver a escassez de recursos de proteína de ração e promover o desenvolvimento verde e de baixo carbono.
A proteína de levedura Yarrowia lipolytica, desenvolvida pela empresa de biotecnologia GTLB, sediada em Beijing, é produzida pela tecnologia de biofermentação. Essa tecnologia utiliza CO2 de setores como o químico de carvão, químico de gás natural e siderúrgico. A tecnologia converte o CO2 com eficiência em proteína de levedura com alto valor nutricional, de acordo com um artigo do Science and Technology Daily, publicado nesta quinta-feira.
Em comparação com os métodos tradicionais de plantio agrícola e produção pesqueira, essa tecnologia pode aumentar a eficiência da produção de proteína de ração em milhares de vezes.
Por exemplo, uma fábrica de proteína de levedura ocupando uma área de 10 hectares pode produzir 100 mil toneladas de proteína de levedura de alta qualidade anualmente, o equivalente à proteína de soja produzida em aproximadamente 40 mil hectares de terra.
Em termos de valor nutricional, a proteína de levedura tem um alto teor de aminoácidos essenciais com distribuição uniforme e boa palatabilidade. Ela também é rica em oligoelementos e polissacarídeos.
A nova tecnologia pode ajudar a criar uma cadeia de suprimento de ração protéica mais sustentável e eficiente em termos de recursos, reduzindo a dependência de culturas com uso intensivo de terra, como a soja, e de recursos marinhos, como a farinha de peixe.
A China está enfrentando uma escassez de recursos de proteína para ração. As estatísticas mostram que o consumo total de proteína de ração na China foi de aproximadamente 70 milhões de toneladas em 2024, com uma taxa de dependência de importação superior a 80%.