Ampliação: Relatório revela ataques cibernéticos da CIA contra outros países-Xinhua

Ampliação: Relatório revela ataques cibernéticos da CIA contra outros países

2023-05-05 09:42:46丨portuguese.xinhuanet.com

Beijing, 5 mai (Xinhua) -- Um relatório de investigação foi divulgado nesta quinta-feira sobre a Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos, uma das principais agências de inteligência do governo federal norte-americano, revelando um "império de hackers" sob manipulação do país.

Durante um longo período, a CIA vem orquestrando secretamente "evolução pacífica" e "revoluções coloridas" em todo o mundo e conduzindo continuamente atividades de espionagem, informa o relatório do Centro Nacional de Resposta a Emergências de Vírus de Computador da China e da empresa de segurança na internet 360.

O rápido desenvolvimento da internet neste século apresentou novas oportunidades para a CIA conduzir suas atividades de infiltração, subversão e criação de problemas, segundo o texto.

O relatório revelou detalhes importantes das armas que a CIA usou para realizar ataques cibernéticos e detalhes de casos específicos de segurança cibernética que ocorrem na China e em outros países, explicitando atividades nocivas da agência, incluindo ataques cibernéticos e espionagem. O relatório informa que o objetivo era fornecer referências e sugestões para vítimas de ataques cibernéticos em todo o mundo.

A CIA esteve envolvida na derrubada ou tentativa de derrubar mais de 50 governos legais de outros países, embora só tenha admitido envolvimento em sete, causando tumulto em países relevantes, de acordo com o relatório.

Segundo o documento, o envolvimento de alguns países ocidentais com a ajuda da internet pode ser detectado em vários casos de "revolução colorida". Após a "Primavera Árabe" na Ásia Ocidental e no Norte da África, algumas grandes empresas multinacionais de internet dos Estados Unidos se engajaram vigorosamente em enviar uma abundância de pessoal, recursos materiais e financeiros para os lados em conflito, atraindo e apoiando os partidos de oposição e desafiando publicamente os governos legais de países estrangeiros que não eram do interesse dos EUA. Essas empresas também estavam envolvidas em ajudar na campanha de desinformação e atiçar as chamas dos protestos entre o público, mostra o relatório.

O documento citou ainda várias medidas de tais operações, incluindo a tecnologia "The Onion Router (TOR)", que permite a comunicação anônima, desenvolvida por uma empresa norte-americana com um suposto histórico militar dos EUA. O TOR foi fornecido gratuitamente a pessoas de cunho antigovernamental em países como Irã, Tunísia e Egito para ajudá-las a burlar a vigilância de governos legais.

Além disso, o Google e o Twitter desenvolveram um serviço especial chamado "Speak2Tweet" que permitia aos usuários que se comunicassem mesmo desconectados. A tecnologia foi usada por forças antigovernamentais na Tunísia e no Egito, segundo o relatório.

A empresa norte-americana Rand desenvolveu uma tecnologia que facilita o comando de protestos. Também houve outra empresa americana que desenvolveu um software que permite acesso à banda larga completamente independente para escapar do monitoramento do governo, revela o relatório.

Em 2020, a empresa 360 detectou uma organização de ataque desconhecida, numerada APT-C-39, que estava realizando ataques cibernéticos especificamente direcionados à China e a seus amigos internacionais. Descobriu-se que a organização usou armas como Athena, Fluxwire, Grasshopper, AfterMidnight, HIVE e ChimayRed - todas ligadas ao chamado vazamento do Vault 7 - para realizar ataques cibernéticos visando a China e outros países vítimas. Os ataques relevantes podem ser rastreados desde 2011.

A CIA se aproveitou massivamente das vulnerabilidades de dia-zero em seus ataques cibernéticos globais, criando "botnets" zumbis e "stepping stones" (mecanismos para garantir anonimato e burlar segurança), em todo o mundo para lançar ataques a servidores de rede, terminais de rede, pontos de troca e roteadores, bem como uma enorme quantidade de equipamentos de controle industrial.

O relatório informa que a empresa 360 obteve várias amostras de armas de ataque cibernético relevantes, observando que a maioria dessas amostras seguiu os padrões de desenvolvimento e especificações técnicas que foram mencionados nos documentos do Vault 7. Até agora, apenas a CIA observa estritamente esses padrões e especificações no desenvolvimento de armas de ataque.

O texto ainda mostra que a equipe técnica chinesa obteve uma amostra de uma ferramenta de interceptação de informações que é usada exclusivamente pela Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês) dos EUA, indicando que a CIA e a NSA podem atacar conjuntamente o mesmo alvo, compartilhar armas de ataque entre si ou fornecer assistência tecnológica ou pessoal uma à outra.

A hegemonia do ciberespaço sob manipulação dos EUA está ofuscando o mundo inteiro, num contexto em que a CIA lança ataques automatizados, sistemáticos e inteligentes em todo o mundo, sustenta o relatório.

Depois de analisar casos relevantes, a equipe técnica descobriu que o alcance dessas armas de ataque cobriu quase todos os ativos da internet e da Internet das Coisas, tornando a rede de um país estrangeiro e suas informações importantes e sensíveis suscetíveis ao controle ou espionagem dos EUA, aponta o relatório, acrescentando que os Estados Unidos são um verdadeiro "império de hackers". 

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