Beijing, 28 jun (Xinhua) -- A cooperação do BRICS é a plataforma mais importante para a solidariedade e cooperação entre os países em desenvolvimento e o mecanismo central que representa os países do Sul, o que incorpora as sinceras expectativas dos países em desenvolvimento, disse o alto funcionário chinês Wang Yi na quarta-feira.
Wang, diretor do Escritório da Comissão de Relações Exteriores do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), fez as declarações em conversa telefônica com Celso Amorim, assessor-chefe da Assessoria Especial do Presidente da República do Brasil.
Ambos os lados expressaram sua vontade de implementar plenamente uma série de importantes consensos alcançados entre os chefes de Estado dos dois países e fortalecer a cooperação mutuamente benéfica integral, de modo a injetar continuamente um forte impulso na parceria estratégica abrangente entre a China e o Brasil.
Os dois lados focaram na coordenação estratégica em relação à cooperação do BRICS durante a conversa.
Wang, também membro do Birô Político do Comitê Central do PCCh, disse que, enquanto o mundo enfrenta as mudanças centenárias, espera ouvir mais vozes do BRICS e espera que o bloco desempenhe um papel maior.
A China e o Brasil têm a responsabilidade de administrar bem o mecanismo do BRICS e melhorar sua reputação, de modo a fazer novas contribuições para promover a multipolaridade mundial, a globalização econômica e a democratização das relações internacionais, acrescentou Wang.
Por seu lado, Amorim disse que, na atual conjuntura, o BRICS tem vindo a desempenhar um papel cada vez mais proeminente na promoção da paz, estabilidade e desenvolvimento, acrescentando que o Brasil atribui grande importância ao papel e influência da China como grande país.
O Brasil está disposto a fortalecer a comunicação e a coordenação com a China, apoiar conjuntamente o trabalho da África do Sul como presidente do BRICS para 2023, garantir a organização bem-sucedida da Reunião de Líderes do BRICS deste ano e demonstrar a unidade do bloco, disse ele.
Ambos os lados também trocaram opiniões sobre a situação atual na Ucrânia, expressando seu compromisso de continuar a trabalhar juntos para uma solução política para a crise.