Vista do edifício-sede do Novo Banco de Desenvolvimento, também conhecido como o banco do BRICS, em Shanghai, no leste da China, em 17 de junho de 2022. (Xinhua/Fang Zhe)
Bruxelas, 12 ago (Xinhua) -- A iminente cúpula do BRICS, um grupo das principais economias emergentes - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, tem implicações significativas para a geopolítica global, indicou nesta sexta-feira a Diplomacia Moderna.
A cúpula tem sua agenda central girando em torno do lançamento de uma moeda comum entre os países membros, disse o relatório, acrescentando que a medida, que visa reduzir o domínio do dólar americano no comércio internacional, tem o potencial de remodelar o cenário geopolítico e desafiar a supremacia americana.
"Por décadas, o dólar americano reinou supremo no comércio e nas transações globais, proporcionando aos Estados Unidos uma alavancagem econômica e geopolítica sem precedentes. Os EUA têm usado o dólar e a economia como ferramentas para coagir e pressionar seus adversários", disse. "A imposição de sanções era uma ferramenta comum contra seus rivais para alcançar objetivos políticos."
O sentimento contra a hegemonia, a supremacia e a coerção dos EUA tem crescido. "A proposta de lançamento de uma moeda comum do BRICS ou desdolarização visa alterar esse status quo, potencialmente diminuindo a influência e o poder americanos que estão intimamente ligados ao domínio do dólar", disse.
"O BRICS é uma aliança forte e desempenha um papel enorme no comércio e investimentos globais e, acima de tudo, está acima da influência americana", acrescentou. "O bloco está em posição de transformar a economia global no total. Essa ação representa um crescente descontentamento com o domínio global do dólar americano e um impulso em direção à superioridade oriental."