Joanesburgo, 29 ago (Xinhua) -- O Sul Global, com a inclusividade do BRICS, pode falar em uma só voz e corrigir os desequilíbrios globais que há muito tempo atormentam o mundo, disseram especialistas.
"O BRICS Plus é provavelmente muito mais inclusivo, e sua inclusividade não ostraciza nem elimina pessoas por causa de certos valores políticos", disse à Xinhua Farhana Paruk, professora do Instituto Gordon de Ciências Empresariais da Universidade de Pretória.
Na recém-concluída 15ª Cúpula do BRICS, seis países foram oficialmente convidados a participar do BRICS: Argentina, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
Paruk observou que o BRICS reúne países de diferentes partes do mundo, apesar da diversidade entre eles.
"Há diferentes idiomas, culturas e maneiras de fazer as coisas no BRICS. É essa diversidade que traz novas formas de pensar, novas formas de ver o mundo, e isso é algo que esperamos para 2023", disse ela.
O BRICS oferece uma oportunidade para os países que desejam melhorar o sistema de comércio internacional e o regime financeiro global atuais, que prejudicam as economias em desenvolvimento pequenas e mais fracas, disse à Xinhua Yusuf Dodia, presidente da Associação de Desenvolvimento do Setor Privado.
"Vemos uma oportunidade para o mundo encontrar (...) uma forma mais equitativa de coexistência, uma forma que permitirá que as pequenas nações prosperem", disse Dodia.
Ele acredita que o BRICS tem o potencial de lidar com os desequilíbrios no mundo, onde é necessário que os países pressionem por um sistema global equitativo.
Essa transformação é mutuamente benéfica, de acordo com Mahasha Rampedi, editor-chefe do African Times. "Os africanos confiam muito mais na China do que nas nações ocidentais e, para ser sincero, não acho que sejam apenas os africanos."
O Sul Global, portanto, sente-se mais seguro agora, com o BRICS e a China desempenhando um papel cada vez mais proeminente no cenário mundial. "Independentemente de quão grande ou pequeno seja um país, uma vez em parceria com a China, você é tratado como igual", observou Rampedi.