Beijing, 26 set (Xinhua) -- Um artigo revelou que o governo dos EUA está usando meios ilegais e injustos para impedir que as empresas chinesas tenham sucesso, quando os Estados Unidos não estão avançando em uma concorrência normal, observou nesta segunda-feira Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês.

Ele fez as declarações em uma entrevista coletiva regular quando solicitado a comentar um artigo divulgado pelo Ministério da Segurança Nacional da China em 20 de setembro que expôs os métodos das agências de inteligência dos EUA para se envolverem em ataques cibernéticos e espionagem. O texto também revelou que o governo dos EUA começou a se infiltrar nos servidores da sede da Huawei em 2009 e vem monitorando-os desde então.

Ressaltando que a China condena os atos irresponsáveis do governo dos EUA, Wang disse que trata-se de mais uma prova de que o governo dos EUA tem realizado espionagem cibernética em larga escala contra a China, por um lado, causando enormes riscos para a cibersegurança da China, ao propagar desinformação sobre os chamados ataques de hackers chineses.

"Isso é hipocrisia típica e manipulação política", destacou o porta-voz.

O artigo revelou que o governo dos EUA está envolvido em espionagem cibernética contra a Huawei desde 2009, e que os Estados Unidos há muito tempo vêm suprimindo a Huawei e outras empresas chinesas de alta tecnologia com base na segurança nacional. De acordo com o texto, mesmo através de espionagem cibernética, o governo dos EUA ainda não conseguiu encontrar nenhuma "evidência" para justificar isso, o que deixou claro que a supressão do governo dos EUA às empresas chinesas não é sobre segurança nacional, mas sobre o uso de meios ilegais e injustos para impedir que as empresas chinesas tenham sucesso quando os Estados Unidos não estão avançando em uma concorrência normal, enfatizou Wang.

A China espera que países relevantes não façam parte da coerção política dos Estados Unidos contra as empresas chinesas e mantenham a independência estratégica, mantendo o ambiente empresarial justo, aberto, inclusivo e não discriminatório ao ser imparcial e objetivo, acrescentou o porta-voz.