Funcionários verificam carros montados em oficina da montadora FAW Hongqi em Changchun, província de Jilin, nordeste da China, no dia 19 de fevereiro de 2024. (Xinhua/Zhang Nan)

“A China viu taxas de crescimento enormes em 2023, por isso considero este ano um novo começo para o país decolar novamente”, disse um especialista egípcio.

Cairo, 6 abr (Xinhua) -- O desenvolvimento de novas forças produtivas de qualidade na China e sua contínua abertura ao mundo exterior trarão novas oportunidades para investidores e empresas estrangeiras, disse um especialista egípcio.

Em entrevista recente à Xinhua, Ahmed al-Husseini, investigador da Faculdade de Estudos Africanos da Universidade do Cairo e especialista em assuntos chineses, destacou que o investimento estrangeiro é importante para todos os países, sejam eles ricos, industriais ou em desenvolvimento.

“A China atraiu investimento estrangeiro direto no valor de aproximadamente 1,1 bilhões de yuans (cerca de 160 bilhões de dólares americanos) e mais de 53 mil empresas estrangeiras investiram na China durante 2023, cuja escala ainda está em um máximo histórico”, disse al-Husseini.

E o mesmo acontece com o Egito, que se esforça para atrair investimentos estrangeiros, disse ele, acrescentando que a Visão 2030 do Egito e as novas forças produtivas de qualidade da China aumentam muito as oportunidades de cooperação bilateral e contribuem para atrair investimentos mútuos em diferentes setores produtivos.

A visão estratégica do Egito 2030 pode ser considerada um reflexo direto do conceito das novas forças produtivas de qualidade da China, que destaca a profundidade e a força das relações egípcio-chinesas e o entendimento comum de muitos tópicos e questões, disse ele.

“Há um grau muito elevado de convergência entre o novo conceito chinês de novas forças produtivas de qualidade e a visão do Egito para 2030, que se baseia na sustentabilidade, tecnologia e inovação”, disse o especialista.

O Egito, na sua visão, ficou mais preocupado com a localização de indústrias modernas, tecnologias de alta qualidade e energias novas e renováveis, disse al-Husseini, mencionando que o Egito também se aventurou no campo da fabricação de carros elétricos, em cooperação com empresas chinesas.

Foto aérea de drone tirada no dia 1º de dezembro de 2023 mostra Terminal de Contêineres do Porto Marítimo de Abu Qir em Alexandria, Egito. O Terminal Marítimo de Contêineres de Abu Qir, construído pela China, na cidade costeira egípcia de Alexandria, começou a operar. (CHEC/Divulgação via Xinhua)

Muitas empresas e investidores egípcios, disse ele, procuram estar presentes no mercado chinês, especialmente na produção agrícola. E que os investimentos chineses no Egito também podem funcionar para satisfazer os requisitos de produção das fábricas egípcias que dependem da tecnologia e da inovação.

Ele também destacou a importância do impacto positivo do conceito de novas forças produtivas de qualidade na Iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”.

“A Iniciativa do Cinturão e Rota se baseia na cooperação, na troca de benefícios e em ganhos mútuos para ambas as partes, não para uma parte à custa da outra. Depende do investimento em infraestruturas como estradas, portos, aeroportos, trens de alta velocidade, eletricidade, água, energia, etc., todos eles investimentos significativos para aumentar as taxas de rendimento da produção”, disse al-Husseini.

Nos últimos quatro anos, disse ele, o mundo enfrentou muitos desafios, começando com a pandemia de COVID-19, depois a crise Rússia-Ucrânia, o conflito Palestina-Israel e as tensões no Mar Vermelho.

“Apesar disso, a China viu taxas de crescimento enormes em 2023, por isso considero este ano um novo começo para o país descolar novamente, e com o regresso de uma China economicamente forte, todos os parceiros econômicos e comerciais serão fortalecidos, pois é o motor do crescimento global e da economia global”, disse o especialista.

O PIB da China ultrapassou os 126 bilhões de yuans (17,51 bilhões de dólares americanos) em 2023, a uma taxa de crescimento de 5,2%, classificando a China entre as principais economias de crescimento mais rápido do mundo.