Investir na China gera oportunidades para empresas europeias proeminentes-Xinhua

Investir na China gera oportunidades para empresas europeias proeminentes

2024-04-12 10:51:17丨portuguese.xinhuanet.com

* A Carlsberg, uma das principais fabricantes de cerveja do mundo, investiu mais de 20 bilhões de yuans (cerca de 2,8 bilhões de dólares americanos) na China desde que entrou no país no começo da década de 1990 e se tornou a quarta maior cervejeira do mercado chinês.

* Em 2023, o governo chinês apresentou 24 medidas específicas em seis áreas para otimizar ainda mais o ambiente de investimento estrangeiro e intensificar os esforços para atrair investimentos, incluindo a garantia do tratamento nacional para empresas com financiamento estrangeiro, aumentando o apoio financeiro e fiscal.

* “Sempre sentimos o forte apoio do governo local, e as dificuldades e desafios que encontramos foram resolvidos através da nossa estreita cooperação”, disse Udo von Reinersdorff, diretor financeiro da Kern-Liebers, em uma reunião feita pelo Ministério Chinês de Comércio na semana passada em Stuttgart, Alemanha.

Berlim, 10 abr (Xinhua) -- Em 1993, a empresa alemã Kern-Liebers investiu 500 mil marcos alemães em Taicang, uma cidade na província de Jiangsu, leste da China, embarcando em seu caminho de desenvolvimento no país estrangeiro com uma equipe de apenas seis funcionários e uma fábrica de 400 metros quadrados.

Três décadas depois, após 11 rodadas de aumentos de capital, o fornecedor de molas de arame possui fábricas que abrangem 70.000 metros quadrados na cidade chinesa e viu um valor de produção anual de 1,5 bilhão de yuans (cerca de 207,4 milhões de dólares), representando sua maior proporção global.

“Sempre sentimos o forte apoio do governo local, e as dificuldades e desafios que encontramos foram resolvidos através da nossa estreita cooperação”, disse Udo von Reinersdorff, diretor financeiro da Kern-Liebers, em uma reunião feita pelo Ministério do Comércio chinês na semana passada em Stuttgart, Alemanha.

O evento faz parte de uma série contínua de reuniões chamadas “Investir na China” que percorrem países europeus, incluindo Dinamarca, França e Itália. Atraiu muitas empresas europeias conhecidas em áreas como energia verde, fabricação inteligente, biomedicina e fabricação de equipamentos de última geração.

Os participantes dividiram suas histórias de investimento vital na China e expressaram seu reconhecimento pelos esforços do governo chinês para facilitar as operações de empresas estrangeiras no país, além da sua vontade de compartilhar oportunidades futuras com o vibrante mercado chinês.

 

VITALIDADE FORTE

As empresas alemãs estão otimistas quanto às perspectivas econômicas da China, o que é importante para a Alemanha, disse Hans-Peter Friedrich, membro do Bundestag da Alemanha, a câmara baixa do parlamento.

Um relatório do Instituto Econômico Alemão mostra que o investimento direto total do país na China atingiu um máximo recorde de 11,9 bilhões de euros (cerca de 12,9 bilhões de dólares) em 2023, um aumento homólogo de 4,3%. O valor representou mais de 10% do investimento total da Alemanha no exterior, o maior nível desde 2014.

Foto de arquivo tirada em 2018 mostra fábrica da empresa alemã Kern-Liebers em Taicang, província de Jiangsu, leste da China. (Xinhua)

O grupo empresarial dinamarquês GN Store Nord chegou à China há 150 anos e iniciou uma estreita cooperação com o país através de uma linha telegráfica. Agora o fabricante de fones de ouvido expandiu seus negócios na China em três áreas principais, incluindo aparelhos auditivos, suporte de comunicação empresarial e equipamentos de jogos.

“Atualmente, o mercado chinês não é importante só para nós, mas também muito importante para que as empresas globais funcionem plenamente e tenham sucesso. Muitos detalhes funcionam bem e somos gratos pela parceria”, disse o CEO do grupo, Peter Karlstromer.

A.P. Moller-Maersk, uma empresa dinamarquesa de transporte e logística que entrou na China há 100 anos, acabou de completar o 30º aniversário da sua primeira empresa de propriedade integral na China, no final de março. A empresa tem mais de 60.500 funcionários no país asiático e expandiu seu escopo de negócios do transporte marítimo para vários campos, incluindo investimento e gestão portuária, frete aéreo, armazenamento, além de fabricação de contêineres.

“Desde que a Maersk iniciou seus negócios em Shanghai, na primavera de 1924, a China tem sido parte integrante de nossa história como empresa”, disse Camilla Holtse, chefe de políticas públicas e assuntos regulatórios da Maersk.

Holtse mencionou que a empresa também tinha um programa de compras muito extenso na China, com bens e serviços adquiridos em um valor combinado de até 4,6 bilhões de dólares em 2023.

A Carlsberg, uma das principais fabricantes de cerveja do mundo, investiu mais de 20 bilhões de yuans (cerca de 2,8 bilhões de dólares) na China desde que entrou no país no começo da década de 1990. Com mais de 6.000 funcionários, se tornou a quarta maior cervejaria do mercado chinês.

O gerente de relações públicas da Carlsberg, Anders Kappel, disse que a empresa se beneficiou muito do crescente desenvolvimento econômico da China.

 

ESFORÇOS DO GOVERNO

Ao longo dos anos, a China acelerou a implementação de várias medidas concretas, incluindo a redução da lista negativa para investimento estrangeiro e a implementação da Lei do Investimento Estrangeiro, para aumentar os benefícios da sua política de abertura em andamento a mais empresas estrangeiras.

Em agosto de 2023, o governo chinês apresentou 24 medidas específicas em seis áreas para otimizar ainda mais o ambiente de investimento estrangeiro e intensificar os esforços para atrair investimentos, incluindo a garantia do tratamento nacional para empresas com financiamento estrangeiro, o aumento do apoio financeiro e fiscal e a promoção de um ambiente de negócios de classe mundial orientado para o mercado, baseado na lei e internacionalizado.

As 24 medidas pró-investimento estrangeiro fortaleceram ainda mais a confiança no investimento das empresas com financiamento estrangeiro, disse He Yadong, porta-voz do Ministério do Comércio chinês.

Participantes de Mesa Redonda “Investir na China” para Empresas Dinamarquesas em Copenhague, Dinamarca, no dia 2 de abril de 2024. (Xinhua/Zhang Yuliang)

Na reunião feita em Copenhague no começo de abril, Lars Sandahl Sorensen, CEO da Confederação da Indústria Dinamarquesa, elogiou a introdução das 24 medidas pela China como um passo concreto e encorajador para melhorar o clima de investimento para as empresas estrangeiras.

As políticas para as empresas de investimento estrangeiro poderão ter um impacto imediato na confiança empresarial. O plano pode contribuir muito para melhorar totalmente a confiança empresarial, disse Sorensen.

Segundo o Ministério do Comércio da China, 60% das medidas anunciadas já foram implementadas. Os itens negativos da lista para investimento estrangeiro foram reduzidos de 93 em 2017 para 31 em 2022, com previsão de novas reduções este ano. Além disso, todas as restrições ao acesso do investimento estrangeiro à indústria serão suspensas.

Em março, a China revelou um plano de ação destinado a atrair e usar ainda mais o investimento estrangeiro, destacando 24 medidas em cinco aspectos principais, como a expansão do acesso ao mercado e o alinhamento da regulamentação nacional com regras econômicas e comerciais internacionais de alto padrão. O plano de ação também destaca o compromisso do país em atrair investimento estrangeiro e aumentar a confiança no investimento na China, através do fortalecimento das interações positivas com a economia global.

As reuniões itinerantes na Europa fizeram parte de um sistema de conferências iniciado pelo Ministério do Comércio da China em julho de 2023, que se destina a convocar reuniões regulares para abordar questões e receber feedback de empresas com financiamento estrangeiro.

Até à data, o ministério organizou mais de uma dúzia de reuniões deste tipo, resolvendo mais de 300 questões e pedidos pendentes, adicionando otimismo entre muitas instituições e empresas estrangeiras em relação ao investimento futuro e às perspectivas de desenvolvimento na China.

 

OPORTUNIDADES COMPARTILHADAS

Sorensen expressou a vontade de promover ainda mais o investimento na segunda maior economia do mundo e de continuar incentivando os laços entre os dois países, alavancando seus interesses e objetivos comuns.

“A Dinamarca e a China estão empenhadas em expandir ainda mais nossa relação comercial, buscar novas áreas de cooperação e abraçar as oportunidades apresentadas por todas as indústrias, como ciências da vida, biotecnologia, tecnologias verdes, indústria alimentar, entre outras”, mencionou ele.

Do ponto de vista de Friedrich, é importante entender a China e ter mais intercâmbio com ela, principalmente para os jovens alemães que não conhecem o país. “Quando você vê este país, sua vitalidade e o entusiasmo das pessoas pelo futuro, entende a importância da cooperação com a China para a economia alemã”, disse ele.

Foto mostra sessão alemã do evento “Investir na China” de 2024 em Stuttgart, Alemanha, no dia 5 de abril de 2024. (Xinhua/Ren Pengfei)

A Novo Nordisk, uma gigante farmacêutica global, tem aproximadamente 65.000 funcionários em mais de 80 países e regiões. Sua subsidiária na China, fundada em 1994, expandiu seus negócios ao longo de toda uma cadeia de valor, incluindo produção, pesquisa e desenvolvimento e operações comerciais.

Atualmente, a empresa tem projetos de investimento em andamento em Tianjin, um município no norte da China, segundo Katrine DiBona, vice-presidente corporativa de assuntos públicos globais e sustentabilidade da Novo Nordisk. No mês passado, anunciou um investimento adicional de cerca de 4 bilhões de yuans (553 milhões de dólares) em um projeto de expansão da sua base de produção em Tianjin.

“Estamos muito orgulhosos e empolgados por ter uma presença tão grande na China e este é nosso segundo maior mercado. Estamos incentivados pela ambição e intenção do governo chinês de desenvolver um centro de ciências da vida e biofabricação como parte da sua indústria”, disse DiBona.

Com expectativas semelhantes, Karlstromer referiu que o Grupo GN já tem investimentos significativos na China e tem planos para se modernizar e investir mais no país.

“Estamos gratos pelos 150 anos juntos com a China e esperamos continuar trabalhando lado a lado para criar um futuro melhor em estreita colaboração”, disse ele. (Repórteres de vídeo: Yang Zichun, Cheng Di, Zhu Yunuo e Guo Jiewen. Edição de vídeo: Zhang Qiru, Hui Peipei, Zheng Qingbin e Liu Yutian)

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