Pessoas visitam a área de exposição da China na Feira do Livro Infantil de Bolonha, em Bolonha, Itália, em 10 de abril de 2024. (Xinhua/Li Jing)

Estatísticas oficiais mostram que os livros infantis chineses já entraram em mais de 100 países e regiões.

Bolonha, Itália, 11 abr (Xinhua) -- Livros infantis originais chineses chamaram a atenção dos visitantes internacionais na 61ª Feira do Livro Infantil de Bolonha nesta semana.

Mais de 60 expositores chineses realizaram dezenas de atividades na feira do livro, que aconteceu até quinta-feira.

"A forte delegação chinesa entre os expositores e os estandes lotados no primeiro dia de participação está cada vez maior", informou o jornal financeiro italiano "Il Sole 24 Ore".

O ilustrador espanhol Tassies visitou vários estandes chineses, mostrando seus livros ilustrados desenhados à mão e publicados na China. Ele viajou de Barcelona para a exposição para "encontrar mais amigos, como editoras chinesas parceiras" para seu livro.

"Acho que a feira do livro deste ano é especialmente interessante porque há um foco na China", disse Tassies, acrescentando que a feira do livro infantil é uma "grande oportunidade" para ele conhecer o povo chinês e sua cultura.

Este ano, a China foi convidada a ser o "Mercado em Foco" pela primeira vez na história da feira. Foram realizados mais de 40 eventos organizados por editoras e empresas de livros chinesas, com mais de 2.500 livros em exposição.

Expositores se comunicam no estande de uma editora chinesa na Feira do Livro Infantil de Bolonha, em Bolonha, Itália, em 10 de abril de 2024. (Xinhua/Li Jing)

Audrey Lorenzini, uma editora italiana, foi atraída por uma série de livros infantis tridimensionais e disse que planejava comprar os direitos autorais. Lorenzini está muito interessada na cultura chinesa e quer levá-la aos mercados italiano e europeu, pois acredita que as histórias clássicas chinesas também podem atrair as crianças ocidentais.

"Acho que os italianos não entendem bem a cultura chinesa, por isso vim aqui para procurar livros que possam apresentar a história ou a cultura chinesa", disse Lorenzini.

Na vitrine do Beijing Allied Fortune Times Group, uma série de livros ilustrados chamada Let's Retrace The Silk Road (Vamos refazer a Rota da Seda, em tradução livre) atraiu a atenção de muitos visitantes da exposição.

De acordo com Zhang Shaofeng, gerente-geral do grupo, o livro foi produzido pela empresa juntamente com a UNESCO, e tanto o autor quanto o ilustrador são italianos. O livro conta a história da Rota da Seda sob as perspectivas ocidental e oriental, e é muito popular entre os livreiros estrangeiros. A série está prevista para ser traduzida em cinco idiomas.

Pessoas visitam a área de exposição da China na Feira do Livro Infantil de Bolonha, em Bolonha, Itália, em 10 de abril de 2024. (Xinhua/Li Jing)

As estatísticas oficiais mostram que os livros infantis chineses já entraram em mais de 100 países e regiões. "Para ter confiança cultural é preciso ter bons portadores culturais, livros infantis de alta qualidade podem divulgar melhor as histórias chinesas", disse Zhang.

Elena Pasoli, gerente de exposições da Feira do Livro Infantil de Bolonha, disse em um evento na seção chinesa que os expositores chineses injetaram nova vitalidade e criatividade na feira. "Nossa feira do livro sempre tem o compromisso de promover intercâmbios culturais e exploração artística com a China", disse ela.

Realizada de 8 a 11 de abril, a Feira do Livro Infantil de Bolonha deste ano atraiu mais de 1.500 expositores de quase 100 países e regiões.