Foto tirada em 8 de abril de 2024 mostra uma rua em Paramaribo, Suriname. (Foto por Ricardo Montoya/Xinhua)

Especialista agrícola surinamês acredita que a assistência da China ao Suriname aumenta a produtividade agrícola e aborda as preocupações com a segurança alimentar, e que a cooperação agrícola sino-surinamesa tem "grande potencial e um futuro brilhante".

Paramaribo, 13 abr (Xinhua) -- Quando o sol nasce no Distrito de Saramacca, a promessa da temporada de pomelo enche o ar. No pomar de Ashwien Doekhi, uma cena de abundância se desenrola, com árvores carregadas de frutas cítricas maduras balançando suavemente na brisa. Doekhi, seu irmão e uma equipe de trabalhadores ansiosos mergulharam na colheita.

A história era diferente nos anos anteriores, quando a família de Doekhi lutava para comprar até mesmo ferramentas agrícolas básicas, muitas vezes pedindo dinheiro emprestado a amigos e parentes.

Em 2022, o Centro de Cooperação Técnica Agrícola do Suriname, construído com ajuda da China, lançou um projeto de assistência técnica, incluindo 10 sessões de treinamento para mais de 300 pessoas. O presidente do Suriname, Chandrikapersad Santokhi, participou da cerimônia de lançamento. Ele considerou as tecnologias da China fundamentais para promover produtos agrícolas de alta produtividade e qualidade, além de serem vitais para melhorar os meios de subsistência dos agricultores do Suriname.

Doekhi, um participante de 26 anos, morava a dez minutos de carro do centro. Os especialistas chineses visitavam os campos de Doekhi quase todos os dias e forneciam orientação personalizada em todos os estágios do cultivo, desde o plantio de mudas até a aplicação de fertilizantes.

Doekhi começou a plantar produtos como pimentas, berinjelas e melancias, vendidos nos mercados locais e para os países vizinhos. O rendimento das colheitas de Doekhi dobrou e sua renda anual aumentou duas vezes.

"Essa iniciativa é muito boa; ela nos ajuda a exportar produtos agrícolas para o mundo todo", disse o jovem agricultor, depois de ver a Iniciativa do Cinturão e Rota proposta pela China beneficiar diretamente sua comunidade.

Foto tirada em 5 de abril de 2024 mostra um porto em Paramaribo, Suriname. (Foto por Ricardo Montoya/Xinhua)

O Suriname está entre os primeiros países do Caribe a assinar um plano de cooperação no âmbito da Iniciativa do Cinturão e Rota com a China.

Jason Bakker, funcionário do Departamento de Agricultura, Pecuária e Pesca do Suriname, disse aos repórteres que os técnicos agrícolas locais viajam duas horas e meia por dia para participar de sessões de treinamento e estão ansiosos para aprender mais sobre as tecnologias agrícolas da China. "Cooperamos muito bem com os especialistas agrícolas chineses, compartilhando os mesmos objetivos e trabalhando juntos", disse ele.

Su Lirong, especialista em cultivo da Província de Hunan, na China, disse que o centro de cooperação conquistou a confiança e a afeição dos agricultores locais, que frequentemente pedem conselhos à sua equipe.

O governo do Suriname frequentemente convida Su e seus colegas para visitar fazendas e plantações locais para fazer pesquisas e sugestões. "Sinto que realmente entramos no coração do povo surinamês", disse ele.

O pesquisador agrícola surinamês Jan Jagnath acredita que a assistência da China ao Suriname aumenta a produtividade agrícola e aborda as preocupações com a segurança alimentar, e que a cooperação agrícola sino-surinamesa tem "grande potencial e um futuro brilhante".