Profissionais da construção do projeto ferroviário Belgrado-Budapeste trabalham nos trilhos do trecho Novi Sad-Subotica em Sajlovo, Sérvia, no dia 11 de abril de 2024. (Xinhua/Zheng Kaijun)
Sérvia, Hungria e França são três destinos das próximas visitas de Estado do presidente chinês, Xi Jinping, de 5 a 10 de maio. Cada um desses países europeus tem uma forte amizade com a China e tem visto uma cooperação frutífera nos últimos anos.
Por Zeng Yan
Genebra, 3 mai (Xinhua) -- Quando o nome Expresso do Oriente ainda lembrava as famosas aventuras retratadas pela escritora Agatha Christie durante uma viagem tranquila de oito horas entre a Hungria e a Sérvia, a sociedade moderna, acostumada a uma vida em ritmo acelerado, também quer opções de viagem mais rápidas e eficientes.
As viagens nos Balcãs poderão em breve ser menos cansativas com a conclusão da ferrovia Hungria-Sérvia, um projeto simbólico da Iniciativa do Cinturão e Rota (ICR), proposta pela China. Quando começar a funcionar plenamente, essa ferrovia reduzirá a viagem entre suas capitais para apenas três horas. Além disso, melhorará o transporte de mercadorias, promoverá o comércio e revigorará as duas economias.
A ferrovia faz parte de vários projetos do Cinturão e Rota que proporcionaram benefícios tangíveis à Europa e além dela, e essas realizações não são possíveis sem líderes visionários que estejam interessados em receber benefícios compartilhados de uma cooperação benéfica para todos.
Especialistas chineses e franceses participam do segundo fórum China-França sobre governança global em Paris, França, no dia 2 de maio de 2024. (Xinhua/Gao Jing)
Sérvia, Hungria e França são três destinos das próximas visitas de Estado do presidente chinês, Xi Jinping, de 5 a 10 de maio. Cada um desses países europeus tem uma forte amizade com a China e tem visto uma cooperação frutífera nos últimos anos.
Além dos resultados tangíveis da cooperação do Cinturão e Rota entre a China e a Sérvia, a Hungria tem sido o principal destino de investimento da China na Europa Central e Oriental durante anos consecutivos. Além disso, as relações China-França estão há muito tempo na vanguarda das relações da China com os principais países ocidentais e os dois servem como forças estabilizadoras essenciais nas relações cada vez mais voláteis entre a China e a Europa, trazendo mais estabilidade e certeza a um mundo turbulento e dinamizando ainda mais o desenvolvimento global.
A parceria estratégica abrangente entre a China e a UE teve resultados frutíferos nos últimos 20 anos. Sendo duas grandes forças que promovem a multipolaridade, dois grandes mercados em apoio à globalização e duas grandes civilizações que defendem a diversidade, a China e a UE alcançaram uma cooperação notável em vários domínios, que beneficiou enormemente ambos os povos e fez contribuições positivas para a paz, a estabilidade e a prosperidade mundiais.
As relações estáveis entre a China e a UE são de interesse mundial. O serviço ferroviário de mercadorias China-Europa, que liga 219 cidades em 25 países europeus, estabeleceu um pilar seguro e eficiente para as cadeias industriais e de abastecimento globais e desempenha um papel único na crise do transporte marítimo no Mar Vermelho. A política de isenção de vistos da China para vários países europeus facilita ainda mais o intercâmbio pessoal e comercial, e os principais projetos de cooperação no âmbito da ICR, como a ferrovia Belgrado-Budapeste, o porto do Pireu, na Grécia, e a ponte Peljesac, na Croácia, continuam beneficiando pessoas ao longo das rotas.
Além disso, as empresas chinesas e europeias continuam otimistas em relação aos mercados umas das outras, uma vez que as estatísticas mostram que o estoque de investimento bilateral ultrapassou os 250 bilhões de dólares americanos.
Homem olha veículo elétrico BYD em Budapeste, Hungria, no dia 17 de outubro de 2023. (Foto por Attila Volgyi/Xinhua)
O comércio em expansão é, em essência, complementar e mutuamente benéfico. Os eletrodomésticos europeus de gama alta melhoraram os padrões de vida dos cidadãos chineses e os veículos elétricos fabricados na China aceleraram a transição verde e digital da Europa. A procura da China pelo crescimento econômico baseado na inovação em setores avançados vai liberar ainda mais potencial para a cooperação China-UE.
Há muitas provas de que a China e a Europa são parceiras, não rivais, pois oferecem oportunidades entre si, não ameaças. Seus interesses comuns superam em muito as divergências.
Ambas são as forças decisivas que moldam o futuro cenário global: opõem-se que o mundo tenha uma nova Guerra Fria caracterizada por confronto de blocos; em vez disso, são defensores firmes do multilateralismo. Em um momento em que o mundo está cheio de déficit de governança, a cooperação China-UE é essencial para enfrentar os desafios globais colocados pelas mudanças climáticas, pela proliferação nuclear e pela inteligência artificial, entre outros.
Os laços sólidos entre a China e a UE não só beneficiam ambos os povos, mas também exemplificam a cooperação entre países de todo o mundo. Os dois lados têm maiores responsabilidades para manter a abertura da economia do mundo. Embora o Expresso do Oriente já tenha passado do seu ápice, o China Express promete oportunidades infinitas. A Europa e o resto do mundo são bem-vindos a embarcar.
