Beijing, 27 jul (Xinhua) -- A convite da Câmara de Comércio dos EUA e do Conselho Empresarial China-EUA (USCBC, sigla em inglês), uma delegação empresarial chinesa visitará os Estados Unidos para compartilhar as novas iniciativas da China em reforma e abertura com a comunidade empresarial dos Estados Unidos, em uma tentativa de consolidar a cooperação econômica e comercial.

Liderada por Ren Hongbin, chefe do Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional (CCPIT, sigla em inglês), a delegação será o primeiro grupo de representantes de empresas a visitar os Estados Unidos após a terceira sessão plenária do 20º Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), realizada na semana passada, em Beijing, disse a porta-voz do CCPIT, Wang Linjie, em uma coletiva de imprensa na sexta-feira.

A delegação empresarial "transmitirá à comunidade empresarial americana uma série de novas iniciativas significativas de abertura" determinadas na importante sessão do PCCh, disse Wang, observando que eles também estão ansiosos para ouvir as respostas e pedidos de seus homólogos americanos.

A delegação, composta por representantes de conselhos locais para a promoção do comércio internacional em todo o país, bem como de empresas estatais e privadas, visitará os Estados Unidos de 27 de julho a 1º de agosto, de acordo com o CCPIT.

"Juntos, nos esforçaremos para alcançar resultados mais práticos na cooperação econômica e comercial e promover o desenvolvimento contínuo, estável e saudável das relações China-EUA", disse a porta-voz do CCPIT.

A visita é um movimento recíproco em resposta a uma visita feita por uma delegação do USCBC à China no início desta semana, de acordo com a porta-voz.

A delegação do USCBC, a primeira dos Estados Unidos após a reunião de planejamento de políticas, veio no momento certo e pode conhecer em primeira mão a nova dinâmica de reforma da China, observou o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, ao se reunir com a delegação na segunda-feira.

Wang ouviu atentamente os discursos dos representantes dos EUA e respondeu às suas preocupações uma a uma.

Chamando a relação entre a China e os EUA de uma das relações bilaterais mais importantes do mundo, Wang disse que o fato de os dois países escolherem cooperar ou confrontar um ao outro afetará o bem-estar de seus povos e o futuro e o destino da humanidade.

Ele enfatizou a estabilidade e a continuidade da política da China em relação aos Estados Unidos, bem como o compromisso da China de fortalecer o diálogo, administrar as diferenças e expandir a cooperação com os Estados Unidos para estabilizar, melhorar e avançar os laços bilaterais.

Durante a visita, a delegação também se reuniu com o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, e com representantes de vários órgãos governamentais, como a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma e o Ministério do Comércio, bem como o CCPIT.

Ao se reunir com a delegação, Wang Wentao, ministro do Comércio da China, apresentou os arranjos sistemáticos da sessão do PCCh para aprofundar ainda mais as reformas de forma abrangente e promover a modernização chinesa.

A abertura é uma característica distintiva da modernização chinesa, observou Wang Wentao, acrescentando que a China aderirá à sua política nacional fundamental de abertura e usará a abertura para impulsionar as reformas e construir um novo sistema de nível mais alto de uma economia aberta.

O ministro do Comércio também prometeu fazer a "subtração" para facilitar o acesso ao investimento estrangeiro e a "adição" para otimizar o ambiente de negócios, dando as boas-vindas às empresas internacionais para que continuem a explorar profundamente o mercado chinês e compartilhar as oportunidades de desenvolvimento.

Em resposta aos comentários do ministro do Comércio, Raj Subramaniam, presidente do conselho do USCBC, disse que a China enviou um sinal positivo ao mundo sobre o aprofundamento das reformas e a expansão da abertura e fortaleceu a confiança do mercado.

Ele observou que a cooperação econômica e comercial é uma força estabilizadora no relacionamento entre os dois países. O USCBC e suas empresas associadas apoiam a expansão da cooperação econômica e comercial entre as duas nações e continuarão a se comprometer com o desenvolvimento de longo prazo na China, disse Subramaniam.

De acordo com um relatório divulgado na sexta-feira pelo CCPIT, no segundo trimestre deste ano, mais de 40% das empresas pesquisadas com financiamento estrangeiro disseram que a atratividade do mercado chinês aumentou em termos de confiança em investimentos futuros.

Entre elas, "as empresas norte-americanas são as mais otimistas em relação ao mercado chinês", com mais de 40% das empresas norte-americanas avaliando positivamente as perspectivas de mercado para a China e observando um aumento em sua atratividade.

"O relatório indica que, apesar das mudanças no cenário internacional, a China continua sendo um destino muito procurado para investimentos globais", disse a porta-voz do CCPIT.