Vientiane, 27 jul (Xinhua) -- O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, reuniu-se com o alto representante da União Europeia (UE) para Assuntos Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, na sexta-feira.

Wang, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), disse que a terceira sessão plenária do 20º Comitê Central do PCCh traçou um novo plano para um maior aprofundamento integral da reforma e a promoção da modernização chinesa.

O desenvolvimento de alta qualidade da China e o alto nível de abertura também trarão novas oportunidades para a cooperação China-UE, acrescentou Wang.

O consenso entre a China e a UE supera em muito as diferenças, disse Wang, observando que uma relação China-UE saudável, estável e sustentável é do interesse fundamental de ambos os lados e também é a expectativa comum da comunidade internacional.

Ele acrescentou que a China e a UE devem permanecer comprometidas com a parceria, manter a direção geral da cooperação, respeitar a vontade e as escolhas de seus respectivos povos, dialogar em pé de igualdade, melhorar a compreensão e lidar com a incerteza da situação internacional com a estabilidade das relações China-UE.

Wang disse que a China, como sempre, apoiará a integração europeia e a manutenção da autonomia estratégica da UE. O lado chinês espera que a nova liderança da UE siga uma política racional e pragmática em relação à China, olhe para o desenvolvimento da China de maneira objetiva e amigável e realize uma transição tranquila nas relações China-UE.

Wang disse que as investigações anti-subsídios da UE sobre os veículos elétricos da China são um protecionismo comercial típico e não conduzem à transformação verde global.

Espera-se que os dois lados encontrem uma solução razoável por meio do diálogo e da consulta para salvaguardar conjuntamente o sistema de livre comércio e a globalização econômica, observou Wang.

Borrell disse que a UE atribui importância às relações Europa-China e mantém uma política independente em relação à China, observando que a UE está disposta a manter a comunicação com a China para que os dois lados entendam melhor suas respectivas posições.

A UE não está envolvida em conter o desenvolvimento da China, está feliz em ver a ascensão do país e espera compartilhar preocupações mútuas com a China de forma aberta e franca, além de desenvolver uma relação econômica e comercial equilibrada entre a Europa e a China, disse Borrell.

A UE sempre defendeu que Taiwan não é um país e que o governo da República Popular da China é o único governo legítimo que representa toda a China, disse Borrell, acrescentando que a UE continuará a seguir a política de Uma Só China.

A UE atribui importância à iniciativa de paz da China e do Brasil sobre a solução política da crise na Ucrânia, parabeniza a China por promover a reconciliação das facções palestinas e está disposta a trabalhar com a China para promover a paz, disse o funcionário da UE.

Wang apresentou a posição de princípio da China sobre a crise na Ucrânia, dizendo que a tarefa mais urgente é esfriar a situação e que a China sempre insistiu em pedir paz e promover negociações e uma solução política.

O lado chinês apoia a UE a desempenhar um papel de liderança na exploração de uma arquitetura de segurança europeia equilibrada, eficaz e sustentável, disse Wang.