Beijing, 27 jul (Xinhua) -- A China defende firmemente o regime internacional de desarmamento nuclear e não proliferação baseado no Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) e pede aos países relacionados que anulem o acordo de "compartilhamento nuclear" e não o replique de forma nenhuma na região Ásia-Pacífico, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, na sexta-feira.
Mao fez as observações ao comentar um relatório de pesquisa divulgado em um evento paralelo durante a segunda sessão do Comitê Preparatório para a 11ª Conferência de Revisão das Partes do TNP, em Genebra. O relatório de pesquisa intitulado "Acordos de Compartilhamento Nuclear da OTAN: Desafios ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares" mostra a preocupação das partes relacionadas com o acordo de compartilhamento nuclear da OTAN e questiona a legalidade do acordo.
Mao disse que a delegação chinesa participou do evento paralelo e tomou conhecimento do relatório de pesquisa, que apontou que os acordos de compartilhamento nuclear da OTAN violam as disposições do TNP e constituem essencialmente uma forma de proliferação nuclear.
Observando que o TNP proíbe expressamente a transferência de armas nucleares e seu controle, direta ou indiretamente, Mao disse que o posicionamento de armas nucleares pelos Estados Unidos no território de Estados-membros não nucleares da OTAN e a permissão ao transporte e entrega de armas nucleares por caças desses países violam claramente as disposições do tratado.
"Essas medidas dos Estados Unidos são atos flagrantes de proliferação nuclear que podem encorajar mais países a seguir o exemplo, dificultar os esforços de controle de armas nucleares, aumentar o risco de conflito nuclear e minar a estabilidade estratégica global", disse Mao.
Ela enfatizou que a China defende firmemente o regime internacional de desarmamento nuclear e não proliferação baseado no TNP, acrescentando que a China pede aos países relevantes que anulem o acordo de compartilhamento nuclear, retirem o grande número de armas nucleares posicionadas na Europa e se abstenham de replicar tais acordos sob qualquer forma na região Ásia-Pacífico.
