No último dia 22, a CPFL Energia anunciou uma parceria com a Mizu Cimentos para a implantação de uma planta de hidrogênio verde no Rio Grande do Norte.
Um evento realizado no palácio do governo do estado, reuniu autoridades, diplomatas e executivos das empresas para acompanharem mais um importante passo nas relações bilaterais entre China e Brasil.
Chen Daobiao, chairman da CPFL Energia, disse na cerimônia que o atual desenvolvimento de energia limpa e a promoção da transformação econômica e social verde, de baixo carbono tornaram-se o consenso geral da comunidade internacional para lidar com as mudanças climáticas globais.
O projeto prevê a implantação de uma planta-piloto de produção de hidrogênio verde utilizando energia renovável. O hidrogênio produzido será aplicado no processo produtivo da Fábrica Mizu Cimentos.
Huang Futao, Vice-presidente da CPFL
A energia do hidrogênio tem características de ambiente amigável, elevada densidade energética e diversos métodos de produção. Está gradualmente a tornar-se um dos focos de transformação energética em vários países. O cloro e o hidrogênio podem conectar estreitamente os dois pilares neutros em carbono da eletricidade e da energia do hidrogênio por meio do acoplamento hidrogênio-elétrico, que é ajustável, armazenável em energia e conversível e tem uma variedade de características. Em suma, o sistema elétrico pode desempenhar um papel importante, ajustável a curto prazo, equilíbrio de longo prazo e interconexão energética.
Fátima Bezerra, governadora do Rio Grande do Norte, destacou que o investimento da State Grid em projetos de tecnologia de hidrogênio verde no estado liderará a transformação energética no Nordeste do Brasil.
Gustavo Estrella, CEO da CPFL Energia
O Brasil tem uma competitividade natural com geração de energia limpa. Hoje, 85% da nossa matriz é limpa e renovável, com hidráulica, eólica e solar. É natural que a gente se coloque como sendo um potencial player relevante de hidrogênio verde no futuro. Então, a ideia aqui é contribuir não só com os negócios da CPFL, mas com o país de forma geral para que a gente desenvolva essa tecnologia, para que a gente consiga de fato ser competitivo no futuro. E eu acho que essa parceria com a China, eu digo por uma empresa controlada pela State Grid, essa parceria também ajuda a acelerar o processo de troca de informação, de tecnologia para que a gente consiga avançar mais rápido.
Além da produção de hidrogênio verde, a parceria será importante para estudos de mercado e regulamentação do vetor energético hidrogênio. Além disso, também contribuirá para a fabricação de cimento com o menor impacto ambiental possível.
O presidente da Mizu Cimentos, Roberto de Oliveira, visitou a China 37 vezes. Ele acredita que a tecnologia da China é crucial para o desenvolvimento verde e sustentável.
Roberto de Oliveira, Presidente da Mizu Cimentos
A China, com a sua tecnologia, provou que é possível transformar um ambiente que não é favorável em um ambiente menos poluído. Então, a China tem muito a ensinar para o Brasil.
A expectativa é que a planta de hidrogênio comece a operar em 2027, seguida por um período de monitoramento de seis meses para medir o impacto real do hidrogênio verde na redução de emissões de CO₂.