Destaque: Assistência da China ajuda malauianos a reconstruir suas vidas após ciclone Idai-Xinhua

Destaque: Assistência da China ajuda malauianos a reconstruir suas vidas após ciclone Idai

2024-09-15 10:33:31丨portuguese.xinhuanet.com

Ruth Millias (frente) busca água na vila de Kaleso, distrito de Nsanje, sul do Malawi, no dia 28 de agosto de 2024. (Fundo das Nações Unidas para a Infância/Divulgação via Xinhua)

A assistência da China após o ciclone Idai em 2019 ajudou significativamente os malauianos a reconstruir suas vidas, fornecendo alívio essencial e treinamento em saúde que aumentaram a resiliência nas comunidades afetadas.

Blantyre, Malawi, 13 set (Xinhua) – As lembranças difíceis das inundações catastróficas causadas pelo ciclone tropical Idai continuam vivas para Ruth Millias, 30 anos, moradora da vila de Kaleso, distrito de Nsanje, sul do Malawi.

“As inundações tiraram tudo da minha família e mudaram totalmente nossas vidas”, lembrou Millias, mãe de três filhos. “A assistência da China deu a esperança de reconstruir a vida depois do desastre”.

Malawi, conhecido como o “Coração Quente da África” ​​por seu clima ameno e povo amigável, enfrentou graves dificuldades em março de 2019 quando o ciclone Idai, um dos piores desastres climáticos a atingir o hemisfério sul em décadas, devastou as regiões do sul do país.

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), quase um milhão de pessoas no Malawi foram afetadas pelas inundações, com cerca de metade delas sendo crianças. Casas e escolas foram destruídas, a educação foi interrompida e plantações foram arruinadas. Instalações de água e saneamento também foram severamente danificadas, cortando o acesso à água limpa.

A cidade natal de Millias, Kaleso, estava entre as áreas mais atingidas, o que a forçou a buscar refúgio com sua família no acampamento Bangula, um abrigo temporário para vítimas de enchentes, onde viveram por vários meses.

Após o desastre, o governo chinês enviou prontamente ajuda humanitária emergencial ao Malawi, fornecendo alimentos e apoio financeiro para o socorro às enchentes. A China também desempenhou um papel fundamental na reconstrução pós-desastre, ajudando famílias deslocadas a retornarem para suas casas.

Para ajudar ainda mais as famílias afetadas, a China contribuiu com um milhão de dólares americanos para a UNICEF Malawi por meio do Fundo de Cooperação Sul-Sul. Essa ajuda, distribuída de outubro de 2019 a maio de 2021, foi direcionada a programas essenciais em saúde infantil, nutrição e água, saneamento e higiene. O financiamento forneceu alimentos, suprimentos nutricionais, suplementos de ferro e ácido fólico para meninas adolescentes, serviços de proteção à criança, materiais educacionais e treinamento para vítimas de desastres e profissionais de saúde.

Ruth Millias (2ª, à direita) e sua família sentados em frente à sua casa na Vila Kaleso, no distrito de Nsanje, sul do Malawi, no dia 28 de agosto de 2024. (Fundo das Nações Unidas para a Infância/Divulgação via Xinhua)

No acampamento Bangula, a família de Millias recebeu itens essenciais como soja, farinha, mosquiteiros, sabão, baldes de água e produtos químicos para tratamento de água. “A ajuda chinesa chegou na hora certa, dando o apoio de que precisávamos para reconstruir nossas vidas”, disse ela.

Atualmente, Millias voltou à Vila Kaleso, onde mora temporariamente em uma casa fornecida por vizinhos. A vila foi reconstruída, com casas simples de tijolos onde a terra havia sido devastada pela enchente.

Durante uma visita recente, Millias estava ocupada limpando a casa, que embora desgastada, estava arrumada e organizada. Baldes e pratos estavam cuidadosamente colocados no canto da cozinha. “Esses baldes e o mosquiteiro no quarto vieram da ajuda chinesa. Sem eles, não teríamos sobrevivido”, disse ela.

Após a limpeza, Millias lavou as mãos com sabão antes de preparar o almoço. Graças a um programa de treinamento em saúde lançado pela China e pela UNICEF, ela aprendeu a armazenar água potável limpa, lavar as mãos corretamente, usar mosquiteiros para evitar malária e manter a higiene, práticas que viraram parte da rotina. “Esses hábitos nos ajudarão a lidar melhor com desastres futuros”, acrescentou ela.

Na vila Therere de Nsanje, Mika John, 20 anos, e sua família também sofreram muito com as enchentes. Ela e o marido, ambos agricultores de subsistência, perderam as plantações e ficaram com menos alimentos. Seu filho recém-nascido, Laymon Mandela, ficou gravemente desnutrido.

Agora John mora em uma casa de dois cômodos simples, mas bem cuidada, perto da entrada da vila. Durante uma visita recente, seu filho de cinco anos brincou descalço do lado de fora enquanto ela fazia um mingau nutritivo de milho, vegetais, ovos e açúcar.

Pensando sobre a recuperação do filho, John disse: “Enquanto meu filho ficou hospitalizado, recebemos ajuda da China, incluindo suprimentos nutricionais essenciais para a recuperação dele”.

Mika John (direita) prepara o almoço para sua família em casa, na Vila Therere, distrito de Nsanje, sul do Malawi, no dia 27 de agosto de 2024. (Fundo das Nações Unidas para a Infância/Divulgação via Xinhua)

John também se beneficiou do programa de treinamento em saúde, que a ensinou a preparar refeições nutritivas com ingredientes simples e manter a higiene.

“Essas habilidades e conhecimentos nos deixaram mais fortes”, disse John. “As enchentes passaram, mas a ajuda continua fazendo a diferença”.

Hoje, Mandela está saudável e frequenta uma creche próxima. John e seu marido ganham mais de 500 dólares americanos anualmente com trabalho temporário. “Graças à ajuda da China, conseguimos reconstruir nossas vidas”, disse ela.

De acordo com a UNICEF, com assistência financeira chinesa, a agência administrou programas comunitários para desnutrição aguda, beneficiando mais de 4.100 crianças entre seis meses e cinco anos de idade. Também conduziu exames de desnutrição para mais de 390.000 crianças menores de cinco anos.

Marie Mtimabi, assistente de vigilância sanitária na vila Therere, é uma das profissionais de saúde treinadas pelo programa financiado pela China. Ela supervisiona a saúde de quase 1.700 moradores, incluindo mais de 100 crianças menores de cinco anos. “O financiamento deu treinamento e equipamento essenciais, aumentando nossa capacidade. Só neste ano, já identificamos três casos de desnutrição infantil”, disse Mtimabi.

O apoio da China também permitiu que a UNICEF fornecesse água, saneamento e assistência de higiene a 12 distritos afetados por enchentes no Malawi, beneficiando 200.000 pessoas de 40.000 famílias. Além disso, mais de 80.000 crianças receberam materiais educacionais e suplementos, enquanto mais de 170.000 pessoas ganharam acesso a serviços básicos de saúde.

Gilbert Chapweteka, diretor de saúde e serviços sociais no distrito de Nsanje, disse que o apoio da China “veio na hora certa”, ajudando a reconstruir os sistemas de água e saneamento.

Isso não só melhorou a vida das pessoas, como também fortaleceu a resiliência da comunidade a desastres futuros, acrescentou ele.

Griet Maritz, representante interino da UNICEF Malawi, enfatizou a importância do apoio da China e da UNICEF no fortalecimento de comunidades propensas a desastres. “O apoio que recebemos da China realmente chegou ao povo do Malawi, ajudando a garantir uma vida melhor e um futuro mais próspero”, disse ele.

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