Los Angeles, 18 set (Xinhua) -- A China tem dominado o recente progresso na transição ecológica global, disse um artigo de opinião publicado pelo The New York Times.

"Quando você olha para o mundo fora da China, essas curvas globais impressionantes se achatam consideravelmente -- a energia verde ainda está se movendo na direção certa, mas muito mais lentamente", disse o artigo publicado na segunda-feira.

Na área de energia solar, em 2023, o mundo, incluindo a China, instalou 425 gigawatts de nova energia solar; sem a China, instalou apenas 162 gigawatts, disse o artigo. "A China foi responsável por 263 gigawatts; os Estados Unidos foram responsáveis por apenas 33."

De 2019 a 2023, a China aumentou sua quantidade de nova capacidade adicionada em mais de oito vezes, e o mundo sem a China não conseguiu nem dobrar sua taxa, disse o artigo.

Esse ritmo não se limita à energia solar. De acordo com uma estimativa recente, quase dois terços de todas as grandes usinas solares e eólicas que estão sendo construídas globalmente este ano estão na China, que está implantando energia verde em uma escala mais de oito vezes maior do que qualquer outro país do mundo.

A China também está ajudando a impulsionar as transições ecológicas de outros países, diz o artigo. "Em 2022, cerca de 90% dos wafers solares e células solares produzidos no mundo eram chineses -- segundo algumas medidas, mais do que o dobro do que o resto do mundo estava pronto para instalar."

"Hoje, os formuladores de políticas dos EUA estão lançando tarifas de tecnologia verde para proteger as indústrias norte-americanas de energia limpa -- um sinal de que, medindo pelo preço, já estamos perdendo essa corrida, além de perdê-la quando medida pela taxa de implantação", disse o artigo.

A China está apostando grande parte de seu futuro em tecnologias energéticas emergentes e está bem adiantada nas promessas globais que fez sobre a velocidade de sua própria transição.

"Este ano, por exemplo, a China atingiu sua meta de energia renovável total para 2030 com seis anos de antecedência. Nos Estados Unidos, talvez estejamos mais concentrados na inteligência artificial", diz o artigo.