Beijing, 18 out (Xinhua) -- As autoridades chinesas anunciaram novas medidas nesta quinta-feira para consolidar os sinais de estabilização no setor imobiliário, depois que um pacote de políticas pró-habitação lançado no mês passado trouxe "mudanças positivas ao mercado".
O ministro chinês da Habitação e do Desenvolvimento Urbano-Rural, Ni Hong, e outros funcionários revelaram o novo pacote de estímulo e avaliaram os efeitos das políticas anunciadas anteriormente em uma coletiva de imprensa, depois que a liderança chinesa prometeu no mês passado reverter a desaceleração do mercado imobiliário e estabilizá-lo.
NOVAS POLÍTICAS PRÓ-HABITAÇÃO
O governo intensificará o apoio a projetos de renovação de vilas urbanas e moradias em ruínas, disse Ni, acrescentando que a China concluirá a renovação de mais 1 milhão dessas unidades habitacionais, com medidas como compensação monetária aos residentes.
O ministro enfatizou que todos os projetos imobiliários qualificados serão incluídos no mecanismo da "lista branca" e que suas necessidades razoáveis de financiamento serão atendidas por meio de empréstimos.
Sob o mecanismo da "lista branca" lançado em janeiro, as autoridades locais estão recomendando que as instituições financeiras forneçam apoio financeiro a projetos imobiliários qualificados.
Até 16 de outubro, os empréstimos aprovados para os projetos imobiliários da "lista branca" chegaram a 2,23 trilhões de yuans (US$ 313,11 bilhões), disse Xiao Yuanqi, vice-chefe da Administração Nacional de Regulação Financeira, na coletiva de imprensa.
Espera-se que, até o final deste ano, o valor do empréstimo aprovado para projetos da "lista branca" ultrapasse 4 trilhões de yuans, disse Xiao.
Na semana passada, o Ministério das Finanças anunciou um plano para permitir que os governos locais emitam títulos para fins especiais para adquirir propriedades comerciais para uso como habitação de preço acessível e para comprar terras desocupadas. Song Qichao, ministro adjunto das Finanças, disse que o ministério trabalhará com outros departamentos para formular regulamentos detalhados para que essa política seja implementada o mais rápido possível.
Ao mesmo tempo, Ni pediu às autoridades locais que aumentem a oferta de moradias de preço acessível. Dados oficiais mostraram que o número de apartamentos de preço acessível em todo o país cresceu para 1,48 milhão nos primeiros nove meses deste ano.
"Até o final do ano, pretendemos fornecer moradias de preço acessível para 4,5 milhões de novos residentes urbanos e jovens", disse Ni.
EFEITOS DAS MEDIDAS ANTERIORES
Uma série de políticas pró-habitação, que foi lançada no final de setembro, está entrando em ação, como evidenciado pela redução dos declínios no investimento em desenvolvimento imobiliário e nas vendas de novas moradias comerciais, observou Ni.
"Particularmente, desde o final de setembro, houve um aumento significativo no número de visitas a novos projetos imobiliários e no número de contratos de venda. As transações de casas usadas também aumentaram. Houve mudanças positivas no mercado", disse ele.
"Regulado por uma série de políticas, o mercado imobiliário da China começou a atingir o fundo após três anos de ajuste", enfatizou Ni.
Para aliviar o encargo financeiro dos proprietários, o banco central da China exigiu aos bancos comerciais que reduzam as taxas de juros para empréstimos hipotecários pendentes. A redução economizará 150 bilhões de yuans para os mutuários, beneficiando 50 milhões de famílias, disse Tao Ling, vice-presidente do Banco Popular da China, na coletiva de imprensa.
Uma tarefa fundamental para os formuladores de políticas da China no setor imobiliário é garantir a entrega de casas em construção. Desde que o governo central da China lançou uma campanha para esse fim em maio, 2,46 milhões de casas foram entregues aos compradores, de acordo com Ni.