Mulher mostra grampos de cabelo feitos com chifres e ossos de vaca em Marondera, província de Mashonaland Leste, Zimbábue, no dia 28 de outubro de 2024. (Foto por Tafara Mugwara/Xinhua)
Marondera, Zimbábue, 29 out (Xinhua) -- Os chifres de vaca são frequentemente considerados resíduos em matadouros, mas um artesão do Zimbábue encontrou um valioso uso para eles.
Joseph Chifamba, empresário que faz joias e outros produtos de chifres e ossos de vaca, estará expondo na próxima Exposição Internacional de Importação da China (CIIE), com o objetivo de abrir o mercado chinês para países estrangeiros.
A exposição, que ocorrerá de 5 a 10 de novembro em Shanghai, deve atrair empresas estrangeiras que pretendem exibir seus produtos e serviços no mercado chinês.
"É bom que a China esteja abrindo mercados e fornecendo uma plataforma para que as pessoas se reúnam e vejam os produtos. Além de ser uma plataforma para que as empresas também se juntem", disse Chifamba, fundador e diretor da Chif African Jewels, empresa que fabrica produtos com chifres e ossos de vaca.
Chifamba coleta chifres de vaca em matadouros, que ele usa para fazer produtos como brincos, colares, pulseiras, grampos de cabelo, canecas, entre outros. Ele usa um disco de corte para cortar os chifres em diferentes formatos. Depois disso, as peças são alisadas antes de serem moldadas nos formatos desejados em sua oficina em Marondera, uma cidade na província de Mashonaland Leste.
Para o mercado chinês, ele faz uma ferramenta de tratamento usada na massagem "Gua Sha", uma técnica tradicional da medicina chinesa que envolve raspar a pele com uma ferramenta de ponta lisa para melhorar a circulação.
"Esperamos obter pedidos maiores mesmo depois da exposição, porque nela provavelmente mostraremos apenas amostras, então queremos receber pedidos grandes após o evento", disse Chifamba.
Produtos feitos de materiais naturais, como chifre de vaca, têm muita demanda na China, disse ele, acrescentando que espera usar as oportunidades oferecidas pela CIIE para fechar parcerias a fim de expandir para o mercado chinês.
"Há pessoas que usam plástico, mas usamos chifre de vaca genuíno, queremos que o povo chinês saiba que estamos usando esse material genuíno em nossos produtos. Eles adoram, então é isso que estamos fazendo’, disse ele.
Sua participação na edição de 2018 da CIIE mostrou que o artesanato do Zimbábue tem grande demanda na China. "Vendemos vários produtos. Também fizemos alguns contatos na China, com o povo chinês e com expositores internacionais, além de colegas expositores de outros países".
Chifamba esperava usar a oportunidade para explorar ainda mais a indústria do turismo chinesa. "Também buscamos sinergia com lojas de artigos, outras lojas que vendem artigos ou produtos turísticos", disse ele.
Além disso, ele disse que a crescente classe média na China oferece amplo espaço para empresas locais expandirem a presença internacional.
Joseph Chifamba olha chifre de vaca em sua oficina em Marondera, província de Mashonaland Leste, Zimbábue, no dia 28 de outubro de 2024. (Foto por Tafara Mugwara/Xinhua)